Macaco encontrado morto na área rural de Araucária pode indicar a circulação do vírus da febre amarela

No fim da tarde da última terça-feira (14), a equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araucária fez coleta de amostra de um macaco bugio, recém-morto, na região de Campestre, interior do município. Exames laboratoriais ainda serão realizados, mas este tipo de situação PODE indicar a circulação do vírus da febre amarela. Uma única dose da vacina contra a febre amarela garante proteção para toda a vida. Quem não tem a dose ou não sabe se tomou deve buscar orientação na unidade básica de saúde. 

Todas as unidades básicas de saúde de Araucária contam com vacinação contra a febre amarela de segunda a sexta-feira. Todo o Estado do Paraná está em área com recomendação de vacinação contra a febre amarela. Os profissionais de saúde podem esclarecer quaisquer dúvidas sobre quem pode ou não ser vacinado.

Febre de início súbito (maior que 37,8°C), dor de cabeça, mal estar, calafrios, tonturas, dor lombar podem ser sinais de várias doenças, inclusive da febre amarela. Por isso é muito importante que o morador vá a uma unidade de saúde caso apresente os sintomas.

Turismo – Viajantes devem estar atentos à recomendação de vacinação contra a febre amarela (e/ou de circulação do vírus). Quase todo o país está em área onde a vacinação é recomendada para garantir proteção. A dose única deve ser tomada com, no mínimo, 10 dias de antecedência da viagem; tempo necessário para o organismo criar os anticorpos. Há países que exigem dos brasileiros a certificação internacional de vacinação contra a febre amarela. O documento é emitido pela Anvisa com base na comprovação da vacina em carteira de vacinação. Mais um motivo para guardar bem a carteira.

Orientações – Assim como os humanos, os macacos também podem ser vítimas da febre amarela. A morte de macacos é um sinal de que o vírus da febre amarela pode estar circulando na região. Por isso, é importante o morador comunicar os órgãos de saúde da existência de macacos mortos (Ouvidoria da Saúde 0800-6437744). A colaboração dos moradores é fundamental para que as equipes de saúde avaliem se há risco ou não da doença na área. É sempre importante lembrar que o ser humano deve se preocupar com a transmissão da doença pelo mosquito. As pessoas não vacinadas, ao frequentarem áreas de matas, podem ser picadas por mosquitos infectados. Macacos infectados pelo mosquito não transmitem a doença para o ser humano e, portanto, não há motivo para que sejam agredidos.

Se o foco é o mosquito, o alerta deve ficar para situações que favorecem a criação de focos, como o acúmulo de lixo. Manter terrenos e habitações limpos ajudam a evitar a transmissão não apenas da febre amarela, mas de outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue.