Curitiba passa a contar com usina piloto para geração de hidrogênio renovável no Centro Politécnico da UFPR

Curitiba deu mais um passo para o futuro e para a geração de energia limpa. Já está em funcionamento a planta do Consórcio Biogas-to-H2 (B2H2) dentro do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nesta sexta-feira (17/10), o prefeito Eduardo Pimentel participou da inauguração do B2H2 – Planta Piloto de Hidrogênio Renovável no Centro Politécnico da UFPR.

Eduardo Pimentel adiantou que a Prefeitura de Curitiba também será parceira do projeto e quer apoiar mais essa iniciativa verde na cidade. O projeto não utiliza água na produção do hidrogênio, essa é a grande inovação e já está usando os rejeitos e resíduos do Restaurante Universitário para geração da energia.

O prefeito explicou para a plateia que acompanhou o evento, entre especialistas de energia, estudantes e professores, que Curitiba está passando pela nova concessão do transporte público e que o uso de energias menos poluentes, para reduzir as emissões de carbono, é o grande avanço deste processo.

“Teremos mais de 200 ônibus elétricos na frota, incluindo todos os biarticulados com a nova concessão. Mas tem um futuro muito breve que se avizinha, que é o transporte coletivo por hidrogênio. Isso é o futuro e por isso estamos aqui, para dizer que a Prefeitura de Curitiba estará junto com as universidades para essa busca do hidrogênio verde renovável na nossa cidade”, disse o prefeito Eduardo Pimentel.

Como funciona

A proposta é usar o biogás gerado em uma estação de tratamento de esgoto para produzir hidrogênio renovável de baixa emissão de carbono. O biogás proveniente de uma estação de tratamento de esgoto é transportado e convertido em gás de síntese.

O hidrogênio é separado desse gás de síntese, purificado e caracterizado como hidrogênio de baixa emissão de carbono, sendo destinado a aplicações estratégicas no ecossistema de Curitiba, dentre as quais se destaca a produção de peróxido de hidrogênio, que no processo atual utiliza hidrogênio não renovável.

Consórcio

O consórcio é liderado pela Copel Geração e Transmissão (Copel GT) e tem a participação das empresas Sanepar, Compagas, Peróxidos do Brasil, Gas Futuro e outras instituições de ensino e pesquisa como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), CIBiogás, Fundação Parque Tecnológico Itaipu-Brasil, Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica e o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Hidrogênio (Napi Hidrogênio).

Segundo o coordenador do projeto B2H2 da UFPR, professor Elton José Alves, o projeto já está sendo desenvolvido há mais de dez anos e é uma tecnologia de ponta que está em uso e que pode ajudar muito a cidade de Curitiba.

“Esse projeto para a Prefeitura de Curitiba, para o município e para o Estado do Paraná é muito relevante e nós gostaríamos de replicar. Aumentar a escala e quem sabe Curitiba ser a grande capital não só da inovação, mas da inovação na produção de hidrogênio renovável no Brasil e no mundo”, afirmou o professor Alves.

Presenças

Também participaram do evento o secretário municipal do Governo, Marcelo Fachinello; o secretário municipal de Administração e Tecnologia da Informação, Elisandro Pires Frigo; o administrador da Regional Cajuru, Agostinho Creplive Filho; o reitor da UFPR, Marcos Sfair Sunye; a vice-reitora da UFPR, professora Camila Girard de Fachin; a coordenadora da Frente Parlamentar do Hidrogênio Renovável da Assembleia Legislativa do Estado Paraná, deputada estadual Maria Victoria; o gerente de projetos da Secretaria Especial do Programa de Aceleração do Crescimento da Casa Civil da Presidência da República, Euler Martins Lage; o diretor do setor de tecnologia da UFPR, professor Luiz Fernando de Lima Luz Jr; o presidente da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado de Paraná, Ramiro Varhapit; o diretor executivo de Operação e Manutenção da Copel S.A., Marcos Paulo Boaventura Severino Rezende; o presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio, Paulo Emílio Valadão de Miranda; o diretor executivo da empresa Gas Futuro, Rodrigo Bogacz; além de professores e estudantes da UFPR.

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