Mutirão atende 120 famílias de Curitiba em busca de serviços assistenciais, jurídicos e de migração
Mais de 120 famílias, muitas delas estrangeiras, procuraram o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Caximba, na Regional Tatuquara, nesta quarta-feira (29/3), em busca de serviços jurídicos, assistenciais e de migração, principalmente para regularização de documentos. O dia teve ainda bolo e hino de Curitiba para comemorar os 330 anos da cidade.
O atendimento fez parte de mais uma parceria da Fundação de Ação Social (FAS), Ministério Público e Cáritas Brasileira – instituição ligada à igreja católica que busca a promoção e a garantia de direitos das populações mais vulneráveis – na Regional Tatuquara. Esta foi a décima ação promovida em conjunto pelas três instituições na regional.
Durante toda a tarde, equipes das três instituições fizeram encaminhamentos e deram orientações às famílias. Servidores da FAS ofertaram atendimentos a quem precisou de serviços relacionados à defesa e garantia de direitos, como inscrição no Cadastro Único, solicitação de benefícios sociais, orientação e encaminhamento para cursos e vagas de emprego.
Na área jurídica, a população recebeu informações da equipe do Núcleo de Atendimento ao Cidadão e às Comunidades (NACC) do MP sobre direito de família, como divórcio, pensão alimentícia, visita de filhos, reconhecimento de paternidade, com registro do nome do pai na certidão de nascimento do filho e paternidade socioafetiva.
Os migrantes foram atendidos pelos voluntários da Cáritas para a regularização migratória, encaminhamento para órgãos de acordo com as demandas que apresentam e tradução.
União
A supervisora do Núcleo Regional da FAS na Regional Tatuquara, Cintia Aumann, disse que a ação foi realizada para atender as famílias em vulnerabilidade social e para comemorar os 330 anos de Curitiba.
De acordo com o promotor de Justiça das Comunidades do Ministério Público, Régis Sartori, a ação de cidadania demonstra que os órgãos públicos devem estar unidos para atender a população.
O administrador regional do Tatuquara, Marcelo Ferraz César, agradeceu o trabalho. “É uma alegria ver essa ação aqui no Caximba, no extremo sul de Curitiba, com tantos serviços que podem ajudar a reduzir as desigualdades sociais”, ressaltou.
Vaga de emprego
Edson de Andrade César, 58 anos, chegou cedo ao Cras para participar da ação. Desempregado há dois anos, ele foi em busca de uma vaga de emprego e saiu do Cras com uma carta de encaminhamento para uma vaga de ajudante de produção.
“Agora tenho que telefonar e marcar a entrevista. Estou com esperança de conseguir um emprego”, disse Edson, que é natural de Americana (SP) e chegou há três anos a Curitiba. Casado, ele contou que trabalhava como segurança e porteiro, mas acabou sem emprego, durante a pandemia. Para manter as despesas da casa vende alho nas ruas e nas casas.
O venezuelano Jafet Quintana, 31 anos, fez parte do grupo de migrantes atendidos na ação. Há um ano em Curitiba, ele procurou o Cras para conseguir uma vaga de emprego. “Tive dois empregos temporários, mas que acabaram. Preciso de emprego porque tenho mulher e dois filhos”, disse o rapaz, que era corretor de seguros na Venezuela. Jafet é pai de um menino de 6 anos e outro de 1 ano, nascido no Peru, onde morou antes de decidir migrar para o Brasil.