Cras Caximba abre portas para oficina Comunicação e Juventude
Adolescentes de 14 a 17 anos participam da segunda etapa da oficina Comunicação e Juventude, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Caximba, na Regional Tatuquara. O evento é uma parceria da Promotoria de Justiça e das Comunidades do Ministério Público Estadual com o Núcleo de Comunicação e Educação Popular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para estimular o debate sobre direitos humanos e cidadania e o aprendizado de técnicas de comunicação. Os encontros vão até o fim do mês.
Em nove encontros semanais, de duas horas cada um, os adolescentes planejam ferramentas de comunicação para transmitir propostas de melhorias para a vida dos jovens nas suas comunidades. Para a técnica do Núcleo da FAS Tatuquara na área do Trabalho, Yara de Freitas Santos, a oficina amplia as atividades ofertadas para os adolescentes do bairro.
“Neste ano já promovemos um curso profissionalizante, certificado pelo Sistema Nacional da Indústria (Senai), e outros de formação geral focados no mundo do trabalho e oferecidos pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e pelo Instituto Coca-Cola”, conta Yara. O Cras Caximba é um dos sete existentes na Regional Tatuquara.
Todos aprendem
O estudante Wallison Omena, de 17 anos, acaba de se mudar com a família para o Caximba e resolveu se inscrever. “É uma forma de conhecer gente nova”, diz o jovem, que veio da Vila Pompeia e quer cursar duas faculdades: Medicina Veterinária e uma segunda, que ainda não definiu, na área de Ciências Humanas.
Melany Regina de La Vega, que tem 15 anos e quer ser designer de moda, vê a oficina como lazer. “Faço amigos, me divirto e aprendo”, resume.
A experiência também se reflete no aprendizado dos estudantes de graduação em Jornalismo da UFPR que orientam a oficina. "Ajudamos essa juventude ativa a produzir conteúdos que expressam o que as comunidades delas pensam e desejam para melhorar suas vidas”, diz Hiago Zanolla.
Para a estudante Giovana Vieira participar do projeto representa o contato com o jornalismo alternativo, com conteúdos que estão fora da mídia convencional. "Com certeza isso vai influir no modo de pensar sobre o que é notícia quando eu estiver atuando”, resume.