Com apoio do Estado, Pinhais ganha hospital e maternidade com 90 leitos 100% SUS

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) acaba de ganhar uma nova estrutura de saúde para ampliar o atendimento à população. O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (8) da inauguração do novo Hospital e Maternidade Municipal Papa Francisco, em Pinhais. A estrutura, focada principalmente no atendimento neonatal, conta com 90 leitos e recebeu investimento de R$ 126 milhões, em um modelo de Parceria Público-Privada (PPP).

Parte dos recursos para a construção da nova unidade foi captada pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com apoio do Governo do Estado. Além disso, o governador também anunciou que o Estado vai repassar, de imediato, R$ 5 milhões para o custeio, além garantir um aporte mensal de R$ 1,8 milhão nesta primeira fase de atendimentos.

O Hospital de Pinhais é o segundo inaugurado neste ano na RMC, após a reestruturação do de Rio Branco do Sul. Outras duas unidades estão em construção, em São José dos Pinhais e Colombo, além de três Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), em Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais e Piraquara. “Este investimento em Pinhais, em parceria com a Prefeitura, faz parte de um pacote de investimentos que fazemos na área da saúde em todo o Paraná, mas em especial aqui para a Região Metropolitana”, afirmou Ratinho Junior.

“Pinhais ganha um hospital moderníssimo, fruto de um investimento de mais de R$ 126 milhões, com UTI neonatal, UTI adulto e equipamentos de última geração. Tudo isso para levar um atendimento cada vez mais próximo das pessoas e com maior qualidade, com aquilo que há de mais moderno”, ressaltou o governador.

O hospital tem 14,2 mil metros quadrados de área e, dos 90 leitos, 20 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos quais metade para adultos e a outra metade para o cuidado com recém-nascidos. O atendimento do hospital é focado 100% para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

A prefeita de Pinhais, Rosa Maria, salientou que a unidade começou o atendimento materno-infantil, servindo também de referência para as gestantes de Piraquara. A implantação dos demais serviços será feita de forma escalonada. “Ele começa primeiramente com a maternidade, mas com a proposta de ampliação para outras especialidades. Já estamos nas tratativas com a Secretaria de Estado da Saúde”, explicou.

“É um momento muito importante para a nossa cidade e também para Piraquara. Teremos um salto muito grande na saúde pública porque agora contamos com um hospital moderno, inovador e 100% SUS”, salientou Rosa Maria. “Já iniciamos os atendimentos às gestantes de alto risco e, desde 1º de dezembro, já recebemos 156 gestantes e 14 bebês nasceram nessa primeira semana”.

a

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

ESTRUTURA – A estrutura é equipada com centro cirúrgico, incluindo salas obstétricas cirúrgicas, leitos de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) e centro para a realização de partos normais. Também conta com um pronto socorro obstétrico e um ambulatório com obstetrícia e centro de especialidades, além de estrutura de apoio para exames como diagnóstico por imagem, tomografia, raio-X, endoscopia e colonoscopia.

O novo hospital substituirá o atual Hospital Nossa Senhora da Luz de Pinhais, que possui baixa capacidade de atendimento, sem possibilidade de expansão, além de exigir deslocamento de pacientes de alto risco para outros municípios da RMC, como Campo Largo e Campina Grande do Sul.

Além do aumento imediato de capacidade de atendimento médico municipal, com possibilidade de operações de alto risco e novas UTIs, o projeto do hospital prevê que ele pode ser ampliado no futuro em caso de aumento de demanda.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, afirmou que além do aporte dos recursos para o custeio, o Estado também deve repassar recursos ao município para amortizar o financiamento da obra. “O valor de custeio contratado inicialmente é de R$ 1,8 milhão, além dos recursos para amortização. Mas como o hospital tem capacidade de ampliação da oferta de serviços, o céu é o limite”, disse.

A contratação dos serviços do SUS inicia com aporte de 100% do Estado, mas se o Ministério da Saúde também entrar, vamos ter capacidade de ampliar ainda mais o atendimento”, disse o secretário. “Estamos diante de uma obra de grande porte, com equipamentos de última geração e que já está de portas abertas. É um baita investimento, que mostra que aqui no Paraná, a saúde vem em primeiro lugar”.

“Quando falamos de cidades, pensamos muito na infraestrutura com praça, asfalto e obras que são importantes para importantes para o seu desenvolvimento. Mas esse trinômio de saúde educação e segurança pública é o que de fato dá tranquilidade para uma cidade poder se desenvolver”, ressaltou o secretário estadual das Cidades, Guto Silva. “E é isso que esse investimento significa para Pinhais. É mais um equipamento urbano que vai ajudar a encurtar o tempo de atendimento e, sobretudo, dar dignidade para os cidadãos”.

PARCERIA – O Papa Francisco é o primeiro hospital e maternidade de um município construído em formato de PPP, o que permite unir investimentos privados e gestão pública para ampliar a capacidade de atendimento SUS. A construção e operação da unidade ficou a cargo do consórcio Saúde Pinhais, formado por cinco empresas e liderado pela Supramed e pela Sial.

Além da construção, o consórcio foi responsável por mobiliar e instalar equipamentos médicos no hospital. Assim que a obra ficar pronta, ele também administrará os serviços de recepção, laboratório, nutrição, segurança, manutenção predial, tecnologia e hotelaria. O projeto, além de ampliar a oferta de leitos hospitalares, inclui modernas instalações, equipamentos de última geração e ambientes planejados para humanização do atendimento.

Do total investido no projeto, R$ 62 milhões foram financiados pelo BRDE. O valor será utilizado pela Concessionária Saúde Pinhais Ltda, empresa vencedora do processo licitatório, para custear parte do valor da obra, equipamentos e mobiliário necessários à operacionalização dos serviços de apoio não assistenciais.

A contrapartida da Prefeitura de Pinhais, de R$ 50 milhões, foi custeada também com créditos concedidos pelo BRDE. Toda a operação usa recursos captados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFB).

“Este hospital materializa o propósito do BRDE de apoiar projetos que transformam a vida das pessoas. Atuamos para estruturar uma operação de financiamento que garantisse segurança ao parceiro privado e capacidade de investimento ao município, permitindo que a PPP saísse do papel com solidez”, explicou Paulo Starke, superintendente da Agência Curitiba do BRDE.

No contrato de PPP desenhado, a concessionária será responsável, além de toda a estrutura física, pela prestação dos serviços de assistência que não envolvem a atuação médica direta por 35 anos. Denominado tecnicamente de “Bata Cinza”, ele inclui o trabalho de recepção, telefonia, portaria, vigilância, lavanderia, limpeza, manutenção, jardinagem, alimentação, nutrição, tecnologia da informação e exames laboratoriais, entre outros.

Entre as vantagens do modelo, está a contratação única para a obra e operação, estabelecimento de metas de desempenho, compartilhamento de riscos, redução com cursos de pessoal, mais eficiência administrativa e qualidade nos serviços prestados.

a

Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

PRESENÇAS – Participaram da solenidade o vice-governador Darci Piana; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; os secretários estaduais da Administração e Previdência, Luizão Goulart; do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca; os deputados estaduais Marli Paulino, Luís Corti, Paulo Gomes, Flávia Francischini, Márcia Huçulak, Fábio Oliveira, Alexandre Amaro; o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) e prefeito de Colombo, Helder Lazarotto; o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; a prefeita de Rio Branco do Sul, Karime Fayed, presidente do Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná; e prefeitos da região.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *