Hapkidô: aulas esportivas do Ceju acolhem jovens e preparam campeões

A arte marcial sul-coreana hapkidô, uma das opções esportivas oferecidas no Centro da Juventude (Ceju) de Pinhais, está contribuindo para promover a saúde mental e a cidadania do público atendido. Além disso, as aulas ofertadas em parceria com professores voluntários estão formando atletas. Dois alunos subiram ao pódio no 2.º Campeonato de Artes Marciais na modalidade Hapkidô, realizado em São Vicente (SP) no fim de junho.

As aulas de hapkidô começaram a ser ofertadas há cerca de um ano e meio no Ceju, equipamento mantido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). O equipamento proporciona uma série de atividades para jovens em situação de vulnerabilidade, como futsal, vôlei, capoeira, taekwondo, karatê, dança de rua, teatro, criação de jogos, RPG, entre outras. O Ceju funciona como espaço de convivência e formação, ampliando as oportunidades do público atendido e mantendo-o distante de situações de violência ou risco social.

Segundo Andressa Cordeiro, coordenadora do Ceju, as atividades oferecidas auxiliam os usuários em vulnerabilidade social atendidos. “O Ceju é onde eles encontram um lugar de fala, um ambiente pensado e em constante adaptação para eles. Este é um espaço de referência para a juventude, acessível, aberto e democratico”, declara.

No momento, a turma de hapkidô está lotada. A professora Cinthia Regina Ewen de Araújo atua como voluntária e coordena as aulas. “A gente dava essa aula em uma academia na comunidade, mas tivemos que sair, e por isso viemos aqui para o Ceju. Os jovens se interessam, o hapkidô é uma mescla de artes marciais, chama a atenção”, comenta ela. Por outro lado, a prática exige comprometimento e respeito às regras e hierarquia. “Há o regimento do Centro da Juventude para ser seguido, assim como algumas competências que eles têm que alcançar, além da parte cívica, de fazer o bem para a sociedade”, acrescenta.

A participação em competições não é um dos objetivos do treinamento, mas a evolução dos alunos tem proporcionado momentos assim. Foi o que aconteceu com Felipe, 18 anos, e Ana Clara, de 13 anos. Com a ajuda dos pais e apoio de outros parceiros, a professora Cinthia organizou uma viagem até São Vicente. O resultado foi gratificante: Felipe ficou em primeiro lugar na categoria juvenil, e Ana Clara, em segundo lugar na infanto-juvenil do 2º Campeonato de Artes Marciais.

Depoimentos

Além do hapkidô, Felipe faz aulas de parkour e teatro no Ceju. “Gosto muito de lá, é um lugar muito gostoso. São aulas legais, com professores bons, gosto muito de estar lá, o pessoal recebe a gente muito bem”, afirma. Ele frequenta o local há pouco mais de um ano.

Rosilene Alves de Almeida, mãe de Ana Clara, tece vários elogios ao Ceju. “A gente morava em São Paulo, passamos por situações delicadas por lá. Aqui em Pinhais soube que o Ceju tinha muitas atividades, que os jovens conseguiam transformar a vida. Vim até aqui, fui bem atendida, conversei com psicólogo, vimos as opções de aula e decidi colocar ela no hapkidô. Temos muito apoio aqui”, descreve.

Serviço

Saiba mais sobre as atividades promovidas pelo Ceju pelo site ou pelo telefone: (41) 99237-4054

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