PF realiza operação contra grupo fez ameaças à Bolsonaro e Damares Alves
Uma força tarefa das polícias Federal e Civil do DF estão em diligência para o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás, Distrito Federal e São Paulo nesta segunda-feira (31), véspera do ano novo. A diligência apura envolvimento de um grupo terrorista que reivindicou a confecção e o abandono de um artefato explosivo próximo ao Santuário Menino Jesus em Brasilândia, na véspera do natal (24), e que também fez ameaças contra a vida do presidente Jair Bolsonaro e contra a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, conforme notícia veiculada no jornal Metropoles, de Brasília.
No DF, são cumpridos dois mandados expedidos pela Justiça do DF. Em um dos endereços, os investigadores encontraram um manual de como fazer bombas. A suposta organização, que se autodenomina Sociedade Secreta Silvestre, mantém um site chamado Maldição Ancestral, no qual diz estar “em tocaia terrorística contra o progresso humano”. Na página da internet, são disseminadas diversas mensagens de ódio e pregados “o caos e o terror no seio da civilização”.
Chamou a atenção da Polícia Civil, que abriu investigação logo depois do Natal, o fato de o grupo ter assumido a autoria do atentado em Brazlândia, inclusive por postar fotos do artefato explosivo antes mesmo de colocar o dispositivo ao lado da igreja.
As ameaças se estendem ao presidente eleito e Damares Alves e também ao presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o cardeal Dom Sérgio da Rocha.
Em trechos de um texto publicado na internet, a suposta organização criminosa diz o seguinte: “Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça”.
Após revelar a existência da suposta ameaça terrorista, a reportagem do Metrópoles foi procurada na sexta-feira (28) por um intermediário do grupo – ele explicou em que consiste a organização e respondeu a 10 perguntas. O homem, que se identificou como “Pedro”, encaminhou o texto via e-mail por um navegador impossível de ser rastreado, geralmente utilizado para trafegar na chamada deep web, a parte sombria da internet.