PSD vai eleger próximo governador do Paraná e Ratinho Junior na presidência da República, diz Romanelli

Líder do PSD na Assembleia Legislativa, o deputado Luiz Cláudio Romanelli, disse ao jornal “Gazeta do Paraná” que o partido vai eleger o próximo governador do Paraná, além de eleger Ratinho Júnior como presidente da República. “Diante de todos os avanços do Estado sob o comando do governador Ratinho Junior, vamos eleger o sucessor no Paraná sem sombra de dúvida. E fazer do Ratinho nosso próximo presidente da República”, disse Romanelli na entrevista a repórter Eliane Alexandrino.

Sobre a janela partidária, Romanelli não vê mudanças futuras e confirma que o PSD terá uma chapa forte, como foi em 2022, quando elegeu 16 deputados estaduais e sete federais. “É claro que novas lideranças, como os ex-prefeitos, devem postular a intenção de disputar as eleições de 2026. As chapas proporcionais terão 55 candidatos a deputado estadual e 31 a deputado federal. As chapas dos candidatos ao Senado e ao Governo do Estado serão definidas em conjunto com o governador Ratinho Junior”, disse.

“O campo de alianças para as eleições majoritárias — Senado e Governo do Estado — acredito que saberemos costurar muito bem, para manter a base de apoio na Assembleia Legislativa na composição dessas candidaturas”, disse ao destacar que a indicação, em última análise, do candidato ao governo do Paraná será de Ratinho Junior.

“A escolha, sem dúvidas, virá do governador. Todos sabem que três candidatos polarizam a preferência no PSD: o deputado Alexandre Curi e os secretários Guto Silva (Cidades) e Rafael Greca (Desenvolvimento Sustentável). Estou muito confiante. Confio no bom senso da inteligência política do grupo liderado por Ratinho Junior. A responsabilidade de fazer a escolha de quem vai nos representar nessa eleição é dele”, disse.

Valdir Amaral e Orlando Kissner/Alep

Leia a seguir os principais trechos da entrevista

Como avalia o desempenho na Alep?
Avançamos muito na transparência e na participação da sociedade civil organizada. Duas leis de minha autoria impulsionaram a criação do Porco Moura, tornando o Paraná referência nacional e fortalecendo a agricultura familiar. Defendo também que as empresas classifiquem o tabaco nas propriedades dos produtores, evitando prejuízos causados pelas tabageiras. Apresentei o Julho Âmbar, mês de conscientização sobre o luto parental, e projeto que proíbe o ingresso no Paraná de animais com doenças exóticas, suspeitas ou erradicadas. Outra lei assegura o monitoramento digital de glicemia a crianças e adolescentes com diabetes. Por fim, apresentei uma PEC que garante autonomia jurídica às universidades estaduais, permitindo que tenham procuradorias próprias para gerir seus serviços sem interferências externas.

Sobre à operacionalidade dos radares nas rodovias do Paraná. O que mudou?
“Eu sou a favor. Tenho alertado para os abusos cometidos por motoristas nas rodovias que cortam o Paraná e defendo um reforço na fiscalização. As rodovias viraram um espaço de vale-tudo. Vale imprudência, abuso e a lei do mais forte. Só não valem a legislação de trânsito, o respeito ao próximo e o bom senso. Muitas famílias não querem mais viajar de carro. Por isso, a fiscalização precisa ser mais rígida, principalmente em relação à velocidade de automóveis e caminhões.

Sobre questionamentos dos novos pedágios?
Enviamos questionamentos à ANTT. Cobrei a falta de fiscalização da ANTT na execução dos contratos de pedágio. A ANTT tem que explicar por que a CCR não está fazendo a manutenção adequada na BR-376. Nesta rodovia, invariavelmente, há buracos em vários trechos, a pavimentação é precária, e a ANTT deve, no mínimo, uma explicação. Também considero grave a agilidade da ANTT ao anunciar o reajuste de 7,5% em oito praças de pedágio a partir de 28 de agosto. É uma paulada, um reajuste tão expressivo no primeiro ano de concessão. Não entendo por que a ANTT está sempre pronta para reajustar tarifas, mas, na hora de fiscalizar a execução dos contratos, infelizmente, não é o que estamos vendo.

Como avalia o atual cenário da política no Brasil?
Há uma grande preocupação e uma certeza. A preocupação é com o estado de beligerância, dos ‘nós contra eles’, a ideologização de qualquer discussão política ou programática. Isso não leva a lugar algum — pior, atrapalha todo o processo para avançar para um país melhor e com mais justiça social. A certeza é que temos um líder diferenciado: Ratinho Junior.

O governador do Paraná tem o melhor perfil para governar o Brasil a partir de 2027. Ele é um gestor austero e competente e já se tornou um nome nacionalmente avaliado para ser nosso presidente da República. Será uma honra para nós do Paraná, mas será melhor ainda para o Brasil. As ações desenvolvidas pelo governo do Paraná são transformadoras e atendem quem mais precisa. Governo não é para rico, governo é para pobre e para trabalhador. Por isso, temos no Paraná políticas públicas efetivas que melhoram a vida das pessoas.

E o cenário paranaense?
O Paraná tem o maior crescimento econômico do Brasil. O Banco Central apontou que, nos primeiros cinco meses de 2025, o estado cresceu 6,9%, o dobro do resultado nacional no período, que foi de 3,4%. O PIB estadual cresce acima da média nacional. No primeiro trimestre de 2025, a atividade econômica aumentou 8,5%, enquanto a média nacional foi de 3,7%. Em 2024, o Paraná alcançou a sexta maior renda domiciliar per capita do país, com R$ 2.482 — 20% acima da média nacional. Também tem um dos menores índices de desigualdade de renda, sendo o quarto menor índice de Gini do Brasil, segundo o IBGE. O Paraná foi ainda o terceiro estado que mais gerou empregos entre janeiro e maio de 2025, com 84.882 novos postos de trabalho, crescimento registrado em 81,7% dos municípios. O próximo governador vai administrar um estado em ponto de bala, o que será importante para ampliar conquistas e melhorar a qualidade de vida dos paranaenses.

O que esperar das eleições de 2026?
O Brasil e o Estado precisam avançar, principalmente no combate à desigualdade social. Vou citar um exemplo: a Tarifa Zero no Transporte Coletivo ganhou o Brasil e deve se tornar uma política pública. No Congresso Nacional, já há uma proposta da deputada Luíza Erundina para criar um sistema único de mobilidade, com um fundo nacional para custear a gratuidade da tarifa de ônibus. Precisamos vencer os gargalos da saúde e dar melhores condições humanas e materiais para que os prefeitos possam atender bem seus municípios.

Há uma diferença muito grande: a União fica com a maior parte do bolo tributário, e os municípios, que estão na ponta do atendimento em saúde, educação e segurança, são os mais prejudicados. Por outro lado, temos bons exemplos nos consórcios municipais — em saúde, meio ambiente, mobilidade, resíduos sólidos. Também há iniciativas como fazendas urbanas, cozinhas comunitárias e outras de referência em cidades do Paraná. O leitor deve esperar e cobrar propostas que melhorem a renda, o trabalho e a vida real. O eleitor quer governos mais municipalistas, que resolvam os problemas urgentes da sua rua, bairro e cidade.

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