#ELE NÃO, O TERMO QUE DETERMINOU A ESCOLHA DE UM BANDIDO

Se você abriu o texto esperando que a hashtag do título referia-se a Jair Messias Bolsonaro, você está enganado. Este texto aborda o primeiro registro da utilização deste termo quando na Páscoa dos judeus, o povo escolheu libertar Barrabás. De acordo com o evangelho de João 18:40 “Eles, em resposta, gritaram: Não, ele não! Queremos Barrabás! Ora, Barrabás era um bandido, um criminoso famoso na época.

Há mais de dois mil anos, Jesus, chamado o Cristo era perseguido pelos políticos corruptos de sua época, que temiam o crescimento do seu nome, pois já era conhecido como “Rei dos Judeus”.

 Pois bem, o prenderam sob o argumento de que ele estaria conspirando contra o império romano e o levaram ao então governador, Pilatos, que não viu crime naquele homem. Mesmo assim, os lobistas políticos da época insistiam, dizendo que Cristo era um agitador e criava tumultos inclusive na Galileia, sua região.  “Então ele é Galileu”, questionou o Pilatos. 

Após a resposta ser afirmativa, o governador então mandou Jesus, o Cristo, para ser julgado por Herodes, uma espécie de primeira instância, pois seria sua jurisdição. Herodes também achou exagerada as acusações para pena de morte, disse não ter encontrado crimes e devolveu o caso a Pilatos, que seu reuniu com seus chefes e sacerdotes.

Em sua sentença disse “Vocês trouxeram este homem o acusando de chefiar uma revolta contra o governo romano. Examinei-o demoradamente sobre este ponto e verifico que este é inocente”, mesma conclusão de Herodes. Como era período da Páscoa, festa de celebração do êxodo dos judeus, Herodes determinou a liberdade de Cristo.

#ELE NÃO

Foi aí que surgiu no meio do povo o termo #ELE NÃO, em que os manifestantes diziam: “Não queremos a liberdade de Cristo, Matem ele e soltem Barrabás, o criminoso”. O resto da história é bastante conhecido no ocidente e revela que a voz de uma minoria barulhenta não representa o desejo de todo um povo, tampouco a voz de Deus.

 As minorias de hoje são representadas por alguns artistas, comunicadores, cantores que se utilizam de sua fama para impor a toda uma sociedade seus valores morais deturpados, bem como seus interesses particulares de forma egocêntrica e não democrática.

O objetivo deste artigo não é defender o candidato Jair Messias Bolsonaro, que se encontra internado após ter levado uma facada, mas trazer uma reflexão sobre uma campanha que grita #ELE NÃO, referindo-se a esse candidato em uma tentativa de imposição de uma política de esquerda por meio do constrangimento e intimidação para todos aqueles que, por algum motivo, o escolheram como seu candidato exercendo seu livre direito de cidadania. E pior, alguns dizem que a queriam que a facada levasse Bolsonaro a morte.

Tentam tornar o bandido (que o esfaqueou) em herói, ou em louco.  Ou o que for mais conveniente para o momento de seus discursos, estes sim de ódio, invertendo-se os valores de uma sociedade na tentativa de manter o Status Quo.