Judocas da rede municipal apresentam projeto que transformou suas vidas
No espaço da Expo Educação 2019, no Parque Barigui, judocas da Escola Municipal Otto Bracarense (CIC) já consagrados em competições nacionais receberam o público para demonstrar um pouco da modalidade esportiva e compartilhar a experiência que tem transformado suas vidas.
Sofia Velazquez, 13 anos, e os irmãos Henrique, 11, e Alinne Marugal, 13, são talentos revelados pelo Projeto de Judô realizado na escola há seis anos. O responsável pelas atividades é o professor de Educação Física Saimon Magalhães de Souza, membro do Conselho Estadual de Educação da Federação Paranaense de Judô.
No estande da Coordenadoria de Projetos, os olhos dos visitantes se voltaram aos atletas, que se revezaram no tatame para mostrar três princípios fundamentais do judô: condicionamento físico, mental e social. “Postura da cabeça, uso dos olhos, controle da respiração, uso do torso e movimento dos pés são essenciais para os movimentos e golpes no tatame”, explica Alinne.
Tetracampeã paranaense de judô, a judoca Sofia explica que as estratégias utilizadas pela modalidade garantem disciplina, confiança, raciocínio rápido, melhor desempenho escolar e capacidade de respeitar limites e diferenças.
“A escola e o projeto deram esperança pra mim e pra minha família. Mas o professor, esse me deu a alegria de viver pelo esporte”, declarou Sofia.
O encantamento pela arte
Em Curitiba, o judô vem mudando a vida de muitas crianças por meio do projeto Escola + Esporte = 10 (EE10), uma realização da Secretaria Municipal de Esporte de Lazer e Juventude (Smelj) em parceria com a Secretaria Municipal da Educação que atende 250 estudantes do tempo integral e do regular.
O professor Saimon acaba de ser convidado pelo Instituto Kodokan do Brasil para realizar um intercâmbio, com aprofundamento sobre conceitos do judô escolar, na Universidade de Tsukuba, no Japão.
“Com o projeto na escola nós podemos mostrar para as crianças as oportunidades que elas têm na vida e que o esporte é um dos caminhos para viverem felizes”, afirmou o professor.