Bem informadas, gestantes podem construir plano de parto

Momento mais aguardado da gestação, o parto envolve dúvidas e mitos. Para orientar a gestante e torná-la segura e atuante neste momento, a Maternidade Bairro Novo, no Sítio Cercado, tem realizado encontros semanais chamados de Planos de Parto Coletivos.

O projeto foi proposto pelas alunas da residência de Enfermagem Obstétrica como forma de permitir que gestantes com mais de 37 semanas conheçam as etapas do parto e “desenhem” como querem que ele aconteça.

“Com as consultas coletivas oferecemos a mais mulheres a oportunidade de construírem seu plano de parto”, conta Camila Leite, coordenadora de Enfermagem da maternidade.

“Os acompanhantes também participam e tiram dúvidas”, acrescenta Camila. Para quebrar a ansiedade do momento, o encontro começa com um desafio para os pais e acompanhantes: colocar em ordem as plaquinhas que indicam cada etapa do parto.

Sinais

Na sequência, as gestantes recebem a explicação de quais sinais indicam que a mulher deve ir para maternidade e como deve evoluir o parto. Elas ainda conhecem as práticas de métodos não farmacológicos para alívio da dor e promoção do conforto (massagem, exercícios respiratórios, caminhada, banho terapêutico, exercícios na bola e a presença de acompanhante).

Mitos são esclarecidos, como o de que bebês grandes tendem a oferecer um parto mais doloroso ou de que a mulher não pode se alimentar durante o trabalho de parto, caso este esteja evoluindo bem.

A dona de casa Janaina dos Santos, 36 anos, está na quarta gestação e foi para o encontro acompanhada do marido e da filha mais nova.

“Se na minha primeira gestação eu tivesse tido essas informações certamente teria ficado mais tranquila, porque hoje ficamos sabendo o quanto pode durar o trabalho de parto, por exemplo”, conta Janaina.

Tranquilidade

É o que também pensa Juliana França, de 23 anos, grávida do primeiro filho. “Como mãe de primeira viagem, tem muita coisa que não sabia e esse momento nos tranquiliza”, descreve Juliana, que espera contar com o marido no corte do cordão umbilical.

Michael Gonçalves, de 34 anos, marido de Juliana, acha importante participar para dar apoio à mulher, mas confidencia que ainda não decidiu se vai cortar o cordão umbilical: “Não sei, não, a gente fica nervoso, mas vou tentar.”

Além de formalizar o plano de parto, as gestantes passam por uma consulta clínica individualizada, em que são feitas a medição da altura uterina e da pressão arterial e a verificação dos batimentos cardíacos do bebê.