Campanha contra sarampo e poliomielite entra na reta final

A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite entra na reta final, com encerramento marcado para sexta-feira (31/8). Pais e responsáveis devem levar crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade a uma Unidade Básica de Saúde para serem imunizadas.

As vacinas estão disponíveis de segunda à sexta-feira, em horário comercial, em 110 unidades de saúde de Curitiba. Elas são indicadas, inclusive, para as crianças que já foram imunizadas antes da campanha. É preciso apresentar um documento de identificação e é recomendável levar a carteira de vacinação.

Em Curitiba, até a última sexta-feira (24/8), foram aplicadas 95.899 doses das vacinas contra as duas doenças na faixa etária indicada pela campanha. Da Vacina Tríplice Viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) foram 46.039 doses, o que representa 52,6% do público-alvo. Da vacina contra a Poliomielite foram aplicadas 49.860 doses, o que representa 56,9% do público-alvo.

"Queremos vacinar todas as crianças entre 12 meses a menores de 5 anos, mesmo aquelas que estejam com a carteira em dia, por segurança e pelo momento epidemiológico que o país vive”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira.

O objetivo da campanha em Curitiba é manter a cobertura alta das vacinas, minimizando o risco de reintrodução das doenças. A meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde é de 95% de cobertura. Em Curitiba, a cobertura da vacina tríplice viral é de 95,8% e da vacina contra a poliomielite é de 92,9%.

Essa alta cobertura não é a realidade em todo o país. De acordo com o Ministério da Saúde, 312 municípios brasileiros estão com cobertura abaixo de 50% para poliomielite. Além disso, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e no Amazonas. Há, ainda, casos isolados importados registrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Pará.

Maria Lúcia de Freitas buscou o neto João Lucas, de 3 anos, mais cedo na escola para garantir a vacina. “Temos visto muitas doenças aparecendo e conhecidos que tiveram problema com poliomielite, então acho importante essa prevenção. Por mais que digam que certas doenças estão erradicadas, estamos vendo os casos de sarampo chegando”, disse Maria Lúcia.