Capacitação ajuda a melhorar inclusão de pessoas com deficiência

Como seria tentar responder perguntas com o entorno quebrando seu foco? Ou tentar imaginar uma imagem apenas com uma descrição em voz alta? Ou tentar se comunicar em libras sem errar os gestos? Ou visitar um museu numa cadeira de rodas?

Dificuldades como essas estão presentes no dia a dia das pessoas com deficiência. Mas qual a melhor forma de amenizar os transtornos para uma parcela considerável da população, que precisa ser cada vez mais incluída na sociedade?

Para Denise Moraes, diretora do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Curitiba, parte da resposta passa pela melhor compreensão e atitude de cada um que interage com uma pessoa com deficiência.

Essa foi a base da capacitação realizada pelo departamento no Memorial Paranista, nesta quinta-feira, com funcionários da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac).

A ação reuniu 11 servidores, que trabalham diretamente com atendimento do público e servirão a partir de agora de multiplicadores em seus locais de trabalho.

“Com as capacitações, queremos transformar o local em um ambiente acessível e inclusivo”, diz Denise Moraes.

“Se você recebe essas pessoas a partir da compreensão de que a deficiência faz parte da diversidade humana, você consegue dar atenção para cada uma da forma que ela precisa.”

Prática

Além de apresentar os termos adequados, as categorias de deficiência e as formas de acessibilidade (acesse aqui a cartilha sobre o tema), a capacitação tem uma dinâmica prática.

Os participantes puderam vivenciar as barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência e as possibilidades de promoção de acessibilidade por meio do uso, por exemplo, de audiodescrição, Libras e atitudes inlcusivas.

Foram apresentadas cinco modalidades de deficiência: intelectual, visual, auditiva, física e as de pessoas que fazem parte do espectro autista.

“Nós queremos demonstrar que o mundo que temos não está pronto para receber toda a diversidade humana. Então, essas dinâmicas tornam mais fácil entender que é nosso trabalho agir de forma inclusiva, para poder retirar essas barreiras”, afirma Fernanda Primo, coordenadora do departamento.

Capacitados

Estagiária do Icac, Camille Liege Naves, de 21 anos, diz que o objetivo foi cumprido com sucesso.

“A gente teve a oportunidade de perceber as necessidades do ponto de vista de quem convive com elas sempre. É muito importante perceber de que forma podemos ser mais receptivos e acolher pessoas com deficiência”, afirmou.

Espaço cultural que faz parte do Parque São Lourenço, o Memorial Paranista tem uma arquitetura adequada às necessidades de acessibilidade, com rampas, placas em braile e QRCodes para auxiliar na comunicação, por exemplo.

Um dos trabalhos do departamento quando realiza essas capacitações em outros locais é justamente apontar melhorias passíveis de serem feitas na acessibilidade.

Trabalho pró-inclusão

Com 36 anos completados este ano, o  departamento atua para garantir que os direitos da pessoa com deficiência sejam cada vez mais cumpridos e encampados pela sociedade. Entre os serviços prestados pelo órgão estão a Central de Libras (Língua Brasileira de Sinais), incluindo conversação em Libras, e rodas de conversa direcionadas à comunidade surda, além de feiras de apoio à empregabilidade e apoio psicossocial.

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