Com desconto mínimo de 11%, Prefeitura faz segundo leilão de dívidas nesta terça

A Prefeitura de Curitiba realiza nesta terça-feira (21/11) o segundo leilão para quitar dívidas herdadas da gestão anterior.

A taxa mínima no desconto que deverá ser oferecido pelas empresas é de 11%. A partir disso, quem oferecer o maior abatimento recebe o valor em 30 dias. Serão quitados R$ 10 milhões, divididos em 15 lotes, com fornecedores que têm mais de R$ 300 mil a receber do município. 

No primeiro leilão, em setembro, o município obteve um desconto de 19,2%, gerando uma economia de R$ 1,7 milhão e diminuindo o passivo total em R$ 8,8 milhões.

A Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento realiza o pregão exclusivamente pelo portal de compras do município (www.e-compras.curitiba.pr.gov.br) entre 10h e 10h30.

Durante o ação, os participantes são informados em tempo real do maior lance registrado, de forma a administrar as ofertas que pretendem fazer – a divisão por lotes tem o objetivo de estimular a disputa. Os lances, no entanto, são feitos de forma anônima – os demais participantes não sabem quem está liderando o pregão.

Vinte e oito empresas estão elegíveis para participar do pregão, para as quais a prefeitura deve atualmente cerca de R$ 250 milhões. O município já quitou totalmente sua dívida com dois fornecedores que participaram do primeiro leilão.

De acordo com o secretário de Finanças, Vitor Puppi, os leilões serão regulares até a quitação completa dos débitos, e a frequência será definida de acordo com a disponibilidade financeira do município. A operação será informada sempre com pelo menos cinco dias úteis de antecedência.

Além dos leilões, os débitos vêm sendo pagos em parcelas desde setembro. Já as dívidas menores de R$ 300 mil foram pagas a 796 fornecedores em agosto. 

O leilão de dívidas foi uma das ações aprovadas no Plano de Recuperação de Curitiba, implementado para gerenciar a grave crise fiscal e financeira encontrada no início do ano (dívidas totais de R$ 1,2 bilhão e déficit orçamentário de R$ 2,1 bilhões).