Em menos de três anos, Curitiba ganhou nova UPA e reestruturou duas unidades

Em menos de 30 meses de gestão, a Rede de Urgência e Emergência de Curitiba apresentou grandes avanços. Neste período, além da renovação de 85% da frota do Samu, investimento de R$ 658 mil em novos equipamentos e a atualização de protocolos, houve a abertura da UPA Tatuquara, em maio de 2017, a reabertura da UPA CIC, em novo modelo de gerenciamento, em agosto de 2018, e a entrega da UPA Pinheirinho, no último dia 12, reformada e reaberta com um novo sistema que diminui o tempo de espera por atendimento.

Considerando apenas as UPAs CIC e Tatuquara houve um aumento de 28% na capacidade de atendimentos de urgência e emergência médicas municipais, quando comparado a janeiro de 2017 – um incremento de até 25.500 atendimentos mensais na rede.

A UPA CIC é a primeira unidade a funcionar num modelo de gerenciamento por organização social (OS) em Curitiba, o que permite uma economia mensal de R$ 408.651,00 aos cofres municipais, em relação ao modelo tradicional. O custo mensal é de R$ 1,6 milhão – 19,5% a menos –, sendo que os serviços e a estrutura são os mesmos das demais unidades de mesmo porte.

Outra vantagem é a maior rapidez na contração de funcionários, serviços e compra de materiais e insumos, adequando mais rapidamente a estrutura do serviço à demanda do momento por atendimento.

“Este modelo é uma inovação importante para a rede de urgência e emergência de Curitiba, pois traz agilidade, com menos custos e a mesma qualidade”, explica a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

Já a nova UPA Pinheirinho atende no sistema chamado de Circuito Direcionado de Atendimentos (CDA), que separa o fluxo dos pacientes de baixo risco (classificados com pulseiras azuis e verdes) dos prioritários (amarelo) e dos de urgência e emergência (laranja e vermelho). Isso permite aos profissionais de Saúde direcionarem o atendimento de forma mais precisa a cada tipo de necessidade e reduz o tempo de espera nos casos não-urgentes.

“Transformamos essa unidade em um modelo que vamos levar às outras UPAs de Curitiba, já aplicado com ótimos resultados em pronto-socorros de hospitais, especialmente na Europa”, destacou Márcia. O sistema também já existe em alguns hospitais de Curitiba.

A implantação do CDA foi possível com a reestruturação física da UPA Pinheirinho. A unidade foi fechada em 4 de novembro de 2018 para renovação de instalações elétricas e hidráulicas e reestruturação de todo o sistema de gases medicinais, recuperando uma estrutura inaugurada nos anos 1990.

A unidade revitalizada passou a contar com quatro salas de atendimento médico – uma delas prioritária ao atendimento de emergências infantis e duas para situações de emergência e urgência e priorizações (eixos vermelho, laranja e amarelo).

A quarta sala é destinada aos pacientes do eixo azul e verde (não-urgentes), e atende, em repartições distintas, até sete pessoas simultaneamente. Nessa sala, o paciente é atendido integralmente, desde a avaliação do caso até a entrega do medicamento e a alta. Caso seja verificada a necessidade de cuidados mais complexos, ele é transferido para outros eixos.

Nesse sistema, médicos profissionais de enfermagem vão até o paciente, sem que este se desloque de sala em sala para o seguimento do atendimento. Isso agiliza o processo.