Escolas de samba levam alegria aos atrativos turísticos
Em Curitiba, a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de afastamento social estão fazendo o Carnaval deste ano migrar da avenida para os ambientes virtuais. Em vez de desfilar na Marechal Deodoro, as oito escolas de samba que tradicionalmente participam do evento poderão ser vistas em videoclipes rodados nos principais espaços verdes da cidade. É o Carnaval Digital 2021.
A tomada das imagens terminou nesta quinta-feira (4/2). As gravações contaram com os principais elementos de cada agremiação (bateria, mestre sala e porta-bandeira, passistas). O resultado poderá ser visto na forma de vídeos curtos, com até três minutos de duração, no Coreto Digital do Passeio Público, no Facebook e Instagram da Fundação Cultural de Curitiba, no Facebook do Conservatório de MPB e no Youtube a partir desta segunda-feira (8/2), quando serão divulgadas as publicações referentes a cada grupo.
Além das escolas, o bloco Rancho das Flores também "desfilará" pelas redes sociais. Formado somente por idosos – pertencentes ao grupo de risco para a covid-19 – o bloco se reunirá, por meio de edição imagens, em performances de carnavais passados. Já as crianças do Coral Brasileirinho estão gravando um vídeo com marchinhas carnavalescas.
Alegria sem aglomeração
As gravações começaram na segunda-feira (1º/2), pelo Grupo Especial, com os integrantes vestindo fantasias e se apresentando como se estivessem defendendo as cores de suas escolas na avenida. Trajes e sambas-enredo foram trazidos de carnavais recentes.
Internautas e Acadêmicos da Realeza fizeram tomadas em diferentes pontos do Parque Tanguá. Nos dias seguintes gravaram Imperatriz da Liberdade (no Passeio Público) e Mocidade Azul (no novo Memorial Paranista do São Lourenço). Campeã de 2020, a Enamorados do Samba fez o Jardim Botânico de passarela.
As escolas do Grupo de Acesso gravaram nas Ruínas de São Francisco (Embaixadores da Alegria), Praça Afonso Botelho (Unidos de Pinhais) e Universidade Livre do Meio Ambiente (Leões da Mocidade).
“Tomamos todos os cuidados que a emergência sanitária exige. Para não aglomerar componentes, gravamos separadamente as performances das duplas de mestre sala e porta-bandeira e dos integrantes da bateria”, frisa o diretor de Ação Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, Édson Bueno, que contou com o apoio dos gestores Lilian Ribas e Jaciel Teixeira na coordenação de produção.