Perfis diversificados compõem a turma de 134 novos guardas municipais

A 27ª turma de guardas municipais que começou o curso de formação técnico-profissional neste mês é bem diversificada. Entre os 134 alunos estão pessoas com perfis, histórias de vida e preparação anterior distintos, como socorrista, cozinheiro, mecânico, motorista, professor, empresário e instrutor de caratê.

“Essas diferentes personalidades e formações ajudam a compor um conjunto bem interessante para aprimorar o efetivo da guarda, para as opções de atuação e de tarefas diversas que a corporação oferece”, analisa o secretário municipal da Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel.

São 16 mulheres e 118 homens, divididos em quatro turmas. Metade dos novos guardas tem idade entre 31 e 40 anos. Outros 32%, entre 20 e 30 anos. O aprimoramento é uma das características do grupo, composto por 41% de alunos com curso superior completo. Outros 8% estão cursando faculdade e outros 10% fizeram pós-graduação.

Após cinco anos como instrutora de caratê, Monique Anne Martins Figueira, 29 anos, conta que resolveu prestar o concurso para a guarda por se identificar com a área de segurança. “Acho que a disciplina e a hierarquia, que trago do caratê, vão me ajudar no dia a dia da GM”, opina.

Depois de atuar como professora do ensino fundamental, socorrista e resgatista, Luana Maria do Valle, 34 anos, resolveu trocar de área e ser guarda municipal. “A expectativa é aprender bastante coisa e executar um bom trabalho”, resume ela.

Natural de São Mateus do Sul, Luana conta que é a primeira da família a buscar a área da segurança pública como profissão. “É uma área completamente nova”, diz.

Apesar de 67% dos guardas da nova turma serem de Curitiba ou região metropolitana, tem gente que veio de longe. Cerca de 20 profissionais são oriundos de outros estados. Tendo passado praticamente toda a vida em Curitiba, Cesar Renato Lee, 46 anos, é o aluno que nasceu no lugar mais distante: Moçambique (África). 

Descendente de chineses, Lee viu na Guarda Municipal a oportunidade para mudar de área de atuação depois que a crise econômica atrapalhou os negócios na empresa familiar que geria. Depois de trabalhar como representante comercial e corretor de imóveis, agora está focado na formação como guarda. “Pessoas que já passaram pela formação falam que é ótima, com professores qualificados. Eu pretendo criar um vínculo familiar com os novos amigos que eu fizer”. 

Ronildo Pereira de Oliveira, 44 anos, trocou a iniciativa privada pela pública. “Essa mudança com certeza dá uma segurança e você acaba trabalhando melhor”, avalia ele.