Paraná tem maior crescimento do País no setor de serviços

O setor de serviços aumentou em 4% suas vendas de janeiro a julho no Paraná na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto o setor ainda patina no País, com retração de 4% no período, no Estado o segmento já está em recuperação.

Somente em julho os serviços do Paraná tiveram alta de 7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi o maior crescimento do País, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quarta-feira (13). O Paraná ficou à frente, em julho, do Amazonas (5,6%) e Mato Grosso (5,3%).

Para o secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Juraci Barbosa Sobrinho, a retomada do setor de serviços é resultado da estratégia do governo estadual para o desenvolvimento econômico do Paraná. De acordo com ele, programas e ações do governo contribuem para estimular a economia, a geração de empregos e de renda. “De um lado temos o Paraná Competitivo, programa de incentivos que já atraiu R$ 43 bilhões em investimentos, o que ajuda a movimentar a economia. De outro temos o ajuste fiscal, que permitiu reajustar salários e manter em dia o pagamento do funcionalismo, além da atuação do BRDE e da Fomento Paraná em financiar obras de infraestrutura em todos os municípios e projetos do setor privado, com destaque para as cooperativas”, disse.

A redução da taxa de desemprego e o aumento da geração de vagas com carteira assinada também têm contribuído. “A melhora no mercado de trabalho impulsiona a renda e o consumo, e ajuda a movimentar as vendas dos serviços”, explica Julio Suzuki Júnior, diretor- presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), ligado à Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral. A taxa de desocupação no Paraná caiu de 10,3% para 8,9% entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e julho desse ano, o Estado gerou 24 mil novas vagas com carteira assinada.

FAMÍLIAS – O setor de serviços representa de 40% a 45% da economia do Estado. De acordo com Suzuki Júnior, a demanda doméstica vem reagindo, o que ajuda a explicar, por exemplo, o crescimento, de 13% no primeiro semestre, nos serviços prestados às famílias. “O que se observa é o avanço das vendas de serviços como em restaurantes e hotéis”, diz.

Impulsionados pela boa safra agrícola, serviços de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correios tiveram alta de 12,8% de janeiro a julho na comparação com mesmo período do ano passado.

Serviços profissionais, administrativos e complementares – como contadores, advogados e arquitetos, dentre outros – tiveram avanço de 4,2%. As atividades prestadoras de informação e comunicação, por sua vez, tiveram queda de 4,6%.