Porto de Paranaguá tem alta de 10% na movimentação de grãos

Quase 13 milhões de toneladas de grãos e farelos foram exportados pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, de janeiro a julho deste ano. O volume é 10% maior que o movimentado nos mesmos sete meses de 2019. Mais de 97% das exportações do complexo, cerca de 12,5 milhões de toneladas, são de soja.

O produto, em grão e farelo, segue sendo a principal demanda dos terminais e operadores do Corredor. Na programação, os produtos ainda representam os maiores volumes a serem carregados.

MILHO

Aos poucos, porém, o milho volta a aparecer no line-up e nas programações, tanto de carga quanto de descarga. “O milho, historicamente, é movimentado de forma mais intensa no segundo semestre. Esperamos seguir com as boas negociações, tanto pela alta demanda do mercado internacional, quanto pela boa safra e câmbio positivo para as exportações”, adianta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O próximo navio com o grão está previsto para atracar no Corredor de exportação do Porto de Paranaguá no próximo dia 11. O navio Achile deve carregar 60 mil toneladas do produto.

Além desse, outros sete navios já estão programados ou são esperados ainda este mês, totalizando um volume de pouco mais de 432 mil toneladas de milho. Até setembro, os operadores do complexo esperam movimentar mais de um milhão de toneladas do grão.

CAMPO

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, o Paraná deve colher, nesta segunda safra, cerca de 11,5 milhões de toneladas de milho. “A estiagem, apesar de histórica, teve seu impacto mitigado por um investimento maior dos produtores em tecnologia, e isso contribuiu para uma perda menor no campo”, divulga o departamento no último boletim conjuntural.

Até agora, a colheita totaliza cerca de 26% da área plantada, de 2,3 milhões de hectare. Segundo os especialistas da Secretaria da Agricultura, com o avanço da colheita no Estado o mercado do milho aqueceu e a comercialização já chega a mais de 40% da produção esperada, enquanto que no mês passado eram 28% comercializados.