Programa desenvolverá ações para prevenção e controle de efeitos das mudanças climáticas
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo assinou um convenio no valor de R$ 3,4 milhões com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) para a implantação do programa Sinais da Natureza. O programa é uma proposta da pasta para o desenvolvimento de projetos e ações de prevenção e mitigação de controle dos efeitos das mudanças climáticas.
Entre outras ações, o recurso será destinado para a implantação do Programa Paranáclima que vai atender às diretrizes do Plano Nacional de Mudanças Climáticas e o compromisso firmado pelo Paraná com o Governo Federal para reduzir as emissões de gases efeitos estufas (GEE).
Sobre a assinatura do convênio, o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Marcio Nunes, destacou que a criação da secretaria, em 2019, foi o pontapé inicial para que o Paraná traçasse a trajetória para o crescimento sustentável. “O Paranáclima é fruto dessa visão do governo Ratinho Junior”, disse o secretário.
“Não foi apenas uma mudança de nome. Mudamos o DNA da Secretaria, e o Simepar é um desses eixos que veio fortalecer e somar no entendimento de que vivemos uma crise climática e só atingiremos nossas metas identificando os sinais que a natureza está nos enviando. O Paranáclima é um componente dentro do Programa Sinais da Natureza, que será construído por vários atores,a partir de levantamento de dados e interpretação de cada situação em particular”, explicou Nunes.
Charles Carneiro, engenheiro e coordenador de Projetos Sustentáveis da secretaria estadual, salienta que o programa vai diagnosticar as emergências climáticas do Paraná, dentro da gravidade do problema e da realidade do País. Segundo ele, com a sondagem e o levantamento de dados será possível fazer a diferenciação em termos de impacto, conforme vocação e adaptabilidade de cada região.
“Com um estudo pormenorizado podemos identificar áreas de maior fragilidade e vocacionar melhor os programas desenvolvidos no nosso Estado. Essa é a missão do Paranáclima, que será formatado nesse contexto do Programa Sinais da Natureza, anunciado hoje”. Ele ressaltou que também vão propor ferramentas para sistematizar as informações coletadas, criando programas que estimulem a mitigação.
O diretor-presidente do Simepar, Eduardo Alvim, disse que o Sinais da Natureza é um projeto que vai dar um rumo para o Estado com relação às mudanças climáticas. “A partir disso, será possível criar um plano com medidas regionalizadas, em conformidade com o Plano Nacional, fazer prognósticos e antecipar medidas mitigadoras e minimizar efeitos do aumento da temperatura, com um trabalho de curto, médio e longo prazo”,
Alvim falou que o nome Sinais da Natureza foi inspirado na seguinte frase do artista plástico paranaense Poty Lazzarotto: estou entendendo que o Simepar não pretende decifrar ou controlar a natureza, mas entender seus sinais, compreendê-la. O texto está estampado no mural do artista Tempo e a Vida, na sede do órgão.
PROGRAMAS
O Programa Sinais da Natureza tem como objetivo a criação do Programa Paranáclima, discutido no segundo semestre de 2019. Um grupo de trabalho reuniu técnicos da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, do Simepar e da Universidade Federal do Paraná para a elaboração do programa.
Os primeiros estudos foram agrupados em dois componentes: atividades imediatas e atividades de longo prazo, voltadas à pesquisa e ao desenvolvimento do tema mudanças climáticas e impactos no setor produtivo. Foram subdividos em quatro módulos – Políticas Ambientais; Ações de Mitigação, Mapeamento e Estruturação do Plano Estadual.
Entre as temáticas relevantes a serem consideradas, embasarão o programa o monitoramento e inventário GEE; vigilância das atividades existentes; Selo Clima; ODS; Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas; benefícios/reconhecimento a empreendedores e órgãos públicos envolvidos; plataforma de divulgação para cidades, empresas, indústrias e setor produtivo; sustentabilidade; biodiversidade; smartcity e componentes; mitigação; saúde ambiental e pesquisa & desenvolvimento.