Universidades já fizeram 35 mil atendimentos de proteção à mulher

As universidades estaduais do Paraná realizaram, em sete anos, 35 mil atendimentos pelos Núcleos Maria da Penha (Numapes), uma rede de enfrentamento à violência contra a mulher, que atua nas sete instituições de ensino superior, em parceria com outras entidades. Pelo Numape, as universidades prestam atendimento psicológico, social, jurídico e psicopedagógico de mulheres vítimas de violência.

São 10 núcleos espalhados entre as cidades de Londrina, Maringá, Jacarezinho, Ponta Grossa, Paranavaí, Guarapuava, Irati, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo. A marca de 35 mil atendimentos foi alcançada neste mês de agosto.

O Numape trabalha em conjunto com entidades como delegacias da mulher, secretarias municipais da mulher, Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Além disso, também organiza ações de conscientização sobre a violência contra a mulher.

PANDEMIA

Desde o início do isolamento social, os casos de violência contra mulher aumentaram no país. Um relatório produzido a pedido do Banco Mundial, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apontou que os casos de feminicídio aumentaram 22,2% entre março e abril de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. As denúncias por telefone também cresceram 17,9%.

Em meio a esse cenário, ações de acolhimento de mulheres vítimas de violência se tornaram prioritários. Nesse mês em que a Lei Maria da Penha completa 14 anos, e em alusão à campanha Agosto Lilás, de conscientização sobre a importância do combate à violência contra a mulher, os Núcleos estão promovendo uma série de ações como lives, debates e outros eventos online para discutir e conscientizar a população sobre a violência de gênero.

É possível acompanhar as ações dos Numapes da UEM, UEL, UEPG, Unicentro, Unioeste, UENP e Unespar nas redes sociais e participar dos eventos.