Repórter que violou intimidade de Heloísa Wolf Bolsonaro é denunciado à Comissão de Ética da FENAJ

O Jornalista Oswaldo Eustáquio, repórter especial do Jornal Agora Paraná, um dos principais veículos de comunicação da região metropolitana de Curitiba, denunciou o repórter da Revista Época, João Paulo Saconi, de 23 anos, à Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), pelo desserviço feito ao jornalismo e por infringir o código de ética da categoria de forma explícita em seu artigo 11 no que se refere que "o jornalista não pode divulgar informações que obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração. A denúnca foi realizada em primeira instância aos Sindicatos dos Jornalistas do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.

Neste caso, de forma incontestável, o jornalista da Revista Época, ligado ao Grupo Globo, invadiu a privacidade da mulher, da profissional de psicologia, 
A presidente da FENAJ, Maria José Braga, disse ao Agora Paraná que não vai comentar o caso e que a Instituição só irá comentar após um julgamento, com direito a ampla defesa ao jornalista.
O Conselho Editorial do Grupo Globo, responsável pela revista Época, divulgou nesta 2ª feira (16) nota reconhecendo “erro” e “decisão editorial equivocada” na publicação de uma reportagem sobre a nora do Presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Heloísa Wolf Bolsonaro. 

O Conselhelo Editorial do Grupo Globo atropelou a editoria da Revista Época, que havia publicado logo após a matéria que a reportagem havia sido pautado pela ética e pelas práticas do bom jornalismo. Ou seja, o Conselho editorial se reuniu e rasgou esse argumento da Época, que há tempos vem passado dos limtes.
Ainda no começo deste ano, a revista acusou de forma irresponsável, a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, de ter sequestrado a própria filha em uma aldeia indígena no Parque do Xingu. Os repórteres da revista entraram de forma clandestina na aldeia, entrevistaram uma senhora idosa que fala o idioma kamayurá, mas usou uma tradutora de tupi guarani e o resultado foi uma capa desastrosa carregada de Fake News e injúrias contra a ministra.
Heloisa Wolf Bolsonaro foi violada em sua intimidade pelo repórter irresponsável, que além de responder na Comissão de Ética, Saconi também deve ser responsabilizado nas esferas cível e criminal, já que por óbvio, causou dano a mulher, a profissional em seus trabalhos e também no crime, já que violou ao menos o artigo 171 do código penal. 

O jornalista Oswaldo Eustáquio, autor da denúncia da Comissão de Ética da FENAJ, disse que "vivemos tempos sombrios no jornalismo. O que esse menino fez foi um crime, não jornalismo. Ele feriu uma mulher, uma profissional, que agora não terá tranquilidade para exercer sua profissão, por uma "meninice", que de longe passa pelo interesse público, já que Heloísa tem uma vida profissional discreta e mesmo sendo esposa de um deputado federal, nora do presidente da República, trabalha diariamente, como todo brasileiro, prática que foi abruptamente violada por um trainee irresponsável da Revista Época, que bancou o caso e levou um revés da população brasileira, que não comprou a história.