Plano de manejo do Parque Estadual da Serra da Baitacaé apresentado pelo IAP

 

Localizado em Quatro Barras e Piraquara, o parque abrange uma área de mais de 3053,21 hectares (ha) de matas e montanhas

Nesta terça-feira (6), no plenário da Câmara, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) se reuniu com a comunidade para os ajustes finais do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra da Baitaca (PESB). O parque foi criado há quinze anospelo Decreto 5.765 de 05 de julho de2002, pelo então governador Jaime Lerner. Localizado em Quatro Barras e Piraquara, o parque abrange uma área de mais de 3053,21 hectares (ha) de matas e montanhas.

O prefeito Angelo Andreatta (Lara) externou a preocupação em garantir os direitos dos cidadãos quatrobarrenses. Também se manifestou sobre a regularização fundiária. “Precisamos ter bem claro que os moradores terão livre acesso ao Parque. Temos pessoas que sobem o morro há mais de cinquenta anos e isso deve ser contemplado. Também temos que ter a garantia que a tradição da missa do 1° de maio será resguardada. É preciso pensar a regularização fundiária e as questões turísticas com muita atenção”, disse o prefeito.

Algumas dúvidas dos moradores surgiram na reunião do último dia 30 de maio quando o IAP apresentou os estudos do plano de manejo para o parque.O Instituto abriu um prazo de cinco dias para que a comunidade apresentasse suas reivindicações. Todas as propostas apresentadas foram discutidas e poderão ser incorporadas, pelo menos em parte, no documento final que deve ser apresentado pelo IAP em alguns dias. Após essa etapa o próximo passo será a homologação do Plano de Manejo do parque.

O secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Ezequiel Zatoni Mocelin,acredita que a criação do plano do PESB trará o desenvolvimento das atividades turísticas ecológicas de forma ordenada. “O plano de manejo é uma ferramenta essencial para a gestão responsável da unidade de conservação. É ele que vai disciplinar o uso dos atrativos naturais, seja através de caminhadas ecológicas, escaladas ou observação de forma sustentável. Há lugares no parque que somente cientistas poderão ter acesso, isso porque, são áreas delicadas e frágeis que abrigam formas de vida muito sensíveis”, disse Ezequiel.

O diretor geral de turismo, Leverci Silveira Filho, apresentou algumas ponderações sobre o uso da unidade para fins de estudos ambientais e turismo. “Nós, os quatrobarrenses, queremos garantir o direito de usufruir das belezas do parque e participar das ações de preservação. Nosso sonho é que o 2° ou 3° parque mais visitado do Paraná tenha um centro de visitantes onde possamos levar nossas crianças para aulas de educação ambiental e que nossos turistas tenham um ponto de apoio”, destacou.