Araucária conta com atendimento educacional domiciliar e hospitalar

A Prefeitura de Araucária, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMED) oferece Atendimento Educacional Domiciliar e Hospitalar aos estudantes da rede municipal (do Ensino Fundamental e Educação Especial) durante o período em que estão afastados da escola por motivo de saúde (conforme atestado médico). O atendimento, que existe há quase 10 anos, é realizado por uma professora que visita a casa do estudante ou o hospital em que esteja internado para acompanhar de perto o estudo, dar as orientações e encaminhar as demandas necessárias.

Segundo o decreto municipal 32.027/2018, tem direito ao Atendimento Domiciliar o estudante afastado das atividades escolares com atestado superior a 20 dias. A unidade educacional é quem faz a solicitação do atendimento. Já no caso de internação hospitalar para estudantes do Ensino Fundamental, o tempo deve ser superior a cinco dias úteis, com solicitação da assistente social.

No caso de estudantes dos Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado – Área Intelectual (Joelma do Rocio e Padre José Anusz), o tempo superior é de 30 dias úteis. O atendimento segue diretrizes e bases da educação visando criar formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino podendo organizar-se para garantir o processo de aprendizagem.

Iohana Gonçalves, de 14 anos, estuda na Escola Municipal Irmã Elizabeth Werka e atualmente é uma das estudantes atendidas em casa. Longe da escola para um tratamento de saúde, ela conta que ficou feliz ao saber que não ia perder conteúdo da escola e revela que sua única tristeza tem sido a distância do convívio com os colegas e da rotina da escola. Mas neste caso a tecnologia tem sido uma aliada dela, já que a estudante conversa com professores e colegas por mensagens de celular. Iohana também tem recebido cartas de colegas. 

“Se não tivesse o atendimento a gente teria que dar um jeito para ela estudar. Já que existe, nós tiramos grande proveito. É muito importante este atendimento”, disse a técnica de enfermagem Ivanete Gonçalves de Souza, mãe de Iohana, que acompanha de perto o atendimento da filha. O apoio da família é considerado fundamental para que o atendimento domiciliar ocorra da melhor maneira possível e o estudante possa desenvolver o conteúdo proposto.

Atendimentos – Segundo a professora Mônica Bora Fagundes, responsável pelo acompanhamento de estudantes do Ensino Fundamental (1º a 9º ano), em 2018 (até o momento), já são 10 estudantes atendidos. O acompanhamento domiciliar também ocorre para estudantes que vivem no campo. Mônica conta que já se deslocou para atender a estudantes do Tietê e da Colônia Cristina, por exemplo.

No caso do 1º ao 5º ano, os professores encaminham o conteúdo e Mônica elabora as atividades e acompanha o estudo. Já no caso dos estudantes do 6º ao 9º ano, os professores encaminham as atividades e ela auxilia, explica e orienta nas pesquisas. É importante destacar que são os professores da escola que avaliam o estudante com base no relatório enviado pela professora do atendimento domiciliar.

Para o atendimento a estudantes dos Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado – Área Intelectual (Joelma do Rocio e Padre José Anusz) há duas professoras disponíveis. O trabalho educacional neste caso costuma ser por período mais longo, visando atender a necessidades específicas de cada estudante. Mas a proposta de atendimento é semelhante da que ocorre no ensino fundamental.

A profissional da educação que acompanha o aluno em casa ou no hospital faz também o importante papel de troca de informações entre a escola e a família neste período. É ela que leva o conteúdo, dá as orientações e faz o acompanhamento do estudante, além de tratar de outras necessidades que possam surgir e a unidade educacional ser comunicada.