Curitiba entra na campanha nacional para combater o Aedes neste sábado

A aproximação do verão e o aumento gradativo das temperaturas traz de volta uma exigência que pode ter ficado esquecida por boa parte da população: os cuidados para evitar a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e a febre chikungunya.

Em todo o Brasil, o próximo sábado (26), será o Dia Nacional de Combate ao Aedes. Em Curitiba, serão realizadas ações em diversas regiões da cidade para sensibilizar as pessoas a retomarem os cuidados em casa e nos arredores, que devem ser semanais.

A coordenadora do Programa Municipal de Controle do Aedes, Simone Gusi, destaca que, em Curitiba, as equipes de agentes de endemias e agentes comunitários de saúde realizaram o trabalho de mobilização, conscientização e a fiscalização em paralelo pela Vigilância Sanitária ao longo de todo o ano. O monitoramento foi intensificado nos 595 pontos estratégicos (borracharias, oficinas mecânicas, depósitos de materiais recicláveis, cemitérios, entre outros), locais mais vulneráveis ao acúmulo de água e formação de poças, propícios para a reprodução do mosquito.

“Mesmo com esse trabalho contínuo, é fundamental a adesão e participação de todos nessa campanha”, afirma Simone. A população deve realizar pelo menos uma vez na semana uma supervisão dos locais que podem se tornar um criadouro para o mosquito Aedes aegypti, tanto em suas residências, quanto no trabalho e em outros locais que frequentam com seus familiares.

No sábado, serão realizadas ações no comércio, mutirão nas residências, orientação direta à população nos distritos Bairro Novo, Boqueirão, Pinheirinho, Boa Vista e Tatuquara. “Mas estas são apenas ações simbólicas, para relembrar a população da importância de todos participarem”, reforça Simone. Durante o mês de novembro, as unidades de saúde e Distritos Sanitários estão realizando ações educativas em seus territórios para sensibilizar a comunidade a adotar medidas de controle do Aedes.

Desde o ano passado, além da dengue, duas outras doenças reforçam a necessidade do controle do mosquito: a zika e a chikungunya. Todas apresentam sintomas semelhantes e são transmitidas pelo Aedes, por isso os cuidados para evitá-las são os mesmos.

Este ano, foram identificados em Curitiba 370 focos do Aedes aegypti. A Secretaria Municipal da Saúde registrou 500 casos de pessoas com dengue na cidade, sendo 26 deles autóctones (contraídos aqui mesmo); 41 casos de zika (9 autóctones) e 21 casos de chikungunya, todos importados.

Entenda a diferença entre as doenças:

Dengue: Febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, olhos e articulações. Em casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura.

Febre chikungunya: Dor nas articulações, ainda mais intensa do que nos quadros de dengue. Febre repentina acima de 39°C, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Zika: Febre alta, dores no corpo e manchas na pele, com aspecto de alergia.

Pequenos cuidados que afastam o mosquito:

Evitar água parada.

Esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água, como baldes e potes.

Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d’água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.

Furar pneus armazenados e guardá-los em locais protegidos das chuvas.

Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.

Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises, ralos de banheiros e de cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.

Jogar água sanitária nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.

Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.

Vasos de flores devem ser preenchidos com areia.

Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.

Mantenha o lixo ensacado e vedado, até o momento da coleta;

A piscina deve ser mantida limpa e com água tratada;

Calhas, telhados e rebaixos de banheiros e cozinhas devem ser limpos periodicamente, para evitar o acúmulo de água.