Índice de infestação para Aedes aegypti fica em 0%

Em 26.544 imóveis visitados durante 18 dias, agentes de endemias da Secrataria Municipal da Saúde encontraram seis focos do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. O número foi apurado no Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), de acordo com a diretriz do Ministério da Saúde. O controle do vetor é uma das ações do Curitiba sem Mosquito.

O número de focos em relação ao total de visitas gera o índice de 0% de infestação do mosquito, abaixo do 1% estipulado pelo Ministério. Para Tatiana Faraco, coordenadora do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, o número é esperado para esta época do ano, por conta do frio e chuva. “Porém, é preciso lembrar que os ovos do mosquito podem ‘esperar’ por dias mais quentes para se desenvolverem”, explicou.

O LIRAa tem como objetivo principal indicadores entomológicos (relativo ao inseto) de maneira rápida no município e permite o planejamento de ações de combate ao mosquito. Durante o trabalho, os agentes tiveram obstáculos, mas cumpriram a meta do Ministério da Saúde. Em 1.888 endereços, os moradores se recusaram a receber os agentes. “É importante que moradores se conscientizem que as visitas ajudam a proteger tanto as pessoas que habitam o imóvel como os vizinhos”, alertou Tatiana.

As regionais de saúde onde foram encontrados os focos do mosquito foram Boa Vista e Boqueirão e os principais criadouros identificados eram em entulhos. As duas regionais historicamente apresentam maior quantidade de focos pelas características comerciais e demográficas da região.

Orientações

Tatiana explicou que criadouros encontrados em residências são, geralmente, entulhos esquecidos no quintal. Um morador tinha um pneu nos fundos de casa sem nem saber por que a peça estava lá. Ela explicou que, por exemplio, latas de tinta, restos de construção, potes, vasos, garrafas e pneus, com água acumulada podem abrigar ovos e larvas do mosquito.

Curitiba sem Mosquito prevê ação continuada e intensificada de limpeza pública em áreas com maior número de focos do mosquito. Em uma delas, os agentes comunitários da Secretaria da Saúde visitam residências e comércios para orientar a retirada de entulhos que possam servir de criadouros. Entregam filipeta informativa e, em data marcada, caminhão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente recolhe o material. Nesta semana a ação de limpeza foi feita em parte do Distrito Sanitário Cajuru.

Enfrente o mosquito Aedes aegypti:

1 – Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água.

2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.

3 – Não jogue lixo em terrenos baldios.

4 – Se guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha sempre a boca para baixo.

5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje.

6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda.

7 – Se guardar pneus velhos, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva.

8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água.

9 – Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes usados para guardar água, pelo menos uma vez por semana.

10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência.