Índios fazem Secretária Nacional de Saúde Indígena de refém

Um grupo de cerca de 50 homens indígenas armados com bordunas e três mulheres  fez a Secretária Nacional da Saúde Indígena, Silvia Nobre Waiãpi de refém nesta terça-feira (9).

Os indígenas deixaram Silvia Waiãpi em cárcere privado com o objetivo de forçar ela a contratar a empresa Intercept em um contrato de R$ 21 milhões sem licitação através de um contrato emergencial. Esta empresa já está prestando serviço público sem licitação pelo menos desde 2017, quando foi firmado o contrato 08/2017 de R$ 11 milhões. Desde então, os contratos vem sendo renovados pelo método de contratos emergenciais, ao contrário do que diz a Lei 8666, que dispõe sobre as licitações. E as estratégias tem sido sempre as mesmas, mandar os indígenas ocupar os locais públicos, os usando como massa de manobra para descumprir as leis, estratégias que funcionaram bem nos governos do PT, mas que não devem funcionar no governo Bolsonaro.

“Eles me trancaram. Não me deixaram sair. Eu tentei abrir a porta e os homens bloqueavam a porta. Tive que fugir pois estavam me ameaçando. O que vai fazer uma mulher sozinha contra 50 homens armados com bordunas na mão?”, disse a Secretária Nacional da Saúde Indígena (Sesai), Silvia Nobre Waiãpi.

A Secretária disse ainda que não vai assinar contratos emergenciais que contem graves indícios de irregularidades. O Brasil mudou. A saúde dos nossos povos indígenas é prioridade, mas vamos fazer da forma correta”, completa a Secretária.

“Não posso ficar assinando contratos emergenciais, cujos seus responsáveis não fizeram licitação a tempo para forçar justamente contratos emergenciais onde não há participação de ampla concorrência. Neste caso por exemplo, o Distrito local fez uma primeira proposta de um contrato de R$ 35 milhões, nós não aceitamos e eles baixaram para R$ 21 milhões, uma diferença de R$ 14 milhões. “Para onde vai esse dinheiro?”, questionou a Secretária.

Outro Lado

Em um vídeo que circula pelas redes sociais, a líder do movimento que está ocupando a Sesai, Andréia de Fátima Fernandes fez ameaças a Secretária. “Em momento nenhum eu a sequestrei. Porque se fosse um sequestro a senhora não teria saído da sala e não teria ido no banheiro e fugido”, disse Andreia, casada com um dos líderes da ONG ARPINSUL, Romancil Cretã, que recebeu milhões de reais em recursos durante os governos Lula e Dilma. “Se a senhora não sai, nós vamos tirar, a força”, ameaçou Andréia.

Em outro vídeo, um homem que aparenta ser branco, mas usando cocar, adereço indígena, disse que estão lutando pelo contrato. “Estamos aqui, caciques, jovens lideranças e dizer que a nossa presidente do Litoral do Sul não estava sabendo deste movimento. Ela estava vindo para reunião do Fórum.”, disse. Ele disse isso porque Andreia veio até Brasília com recursos públicos, para reuniões do Conselho Distrital de Saúde Indígena.

Mesmo se utilizando de recursos públicos, ela não ficou na reunião e participou da ocupação do prédio da Sesai em Brasília que continua ocupado pelos cerca de 50 indígenas, impedindo os servidores de trabalharem pelos outros 33 distritos da Sesai espalhados pelo Brasil.

 Percorrendo as redes sociais, não é raro encontrar vídeos em que a Secretária da Saúde Indígena, faz fiscalização in loco. Em 60 dias no cargo, quatro operações da Polícia Federal, oito Casas de Saúdes Indígenas fiscalizadas in loco e quase todas apresentando algum tipo de problema grave de mau uso de dinheiro público. Apenas em Tabatinga, no Amazonas não apresentou irregularidades. Em um desses vídeos, Silvia aparece consertando o telhado de um desses centros em Goiânia. O telhado estava infestado com fezes de pombo. Nenhum desses movimentos, em todos esses anos, passou perto de lá para fazer isso.

Especialistas ouvidos pela reportagem dizem que o Movimento Indígena não representa a base dos seus povos e serve apenas para arrecadar dinheiro público e de ongs internacionais para benefícios próprios. No governo Bolsonaro, as torneiras estão fechando, e por isso eles não estão satisfeitos com a Secretária Silvia Nobre Waiãpi, que disse que não vai entrar nesse jogo e vai levar as políticas públicas direto para as bases.

Índios fazem Secretária Nacional de Saúde Indígena de refém

O movimento é liderado pela indígena Andreia de Fátima Fernandes. Ela quer forçar a Secretária a assinar um contrato de R$ 21 milhões sem licitação e com indícios de fraudes.

Um grupo de cerca de 50 homens indígenas armados com bordunas e três mulheres  fez a Secretária Nacional da Saúde Indígena, Silvia Nobre Waiãpi de refém nesta terça-feira (9).

Os indígenas deixaram Silvia Waiãpi em cárcere privado com o objetivo de forçar ela a contratar a empresa Intercept em um contrato de R$ 21 milhões sem licitação através de um contrato emergencial. Esta empresa já está prestando serviço público sem licitação pelo menos desde 2017, quando foi firmado o contrato 08/2017 de R$ 11 milhões. Desde então, os contratos vem sendo renovados pelo método de contratos emergenciais, ao contrário do que diz a Lei 8666, que dispõe sobre as licitações. E as estratégias tem sido sempre as mesmas, mandar os indígenas ocupar os locais públicos, os usando como massa de manobra para descumprir as leis, estratégias que funcionaram bem nos governos do PT, mas que não devem funcionar no governo Bolsonaro.

“Eles me trancaram. Não me deixaram sair. Eu tentei abrir a porta e os homens bloqueavam a porta. Tive que fugir pois estavam me ameaçando. O que vai fazer uma mulher sozinha contra 50 homens armados com bordunas na mão?”, disse a Secretária Nacional da Saúde Indígena (Sesai), Silvia Nobre Waiãpi.

A Secretária disse ainda que não vai assinar contratos emergenciais que contem graves indícios de irregularidades. O Brasil mudou. A saúde dos nossos povos indígenas é prioridade, mas vamos fazer da forma correta”, completa a Secretária.

“Não posso ficar assinando contratos emergenciais, cujos seus responsáveis não fizeram licitação a tempo para forçar justamente contratos emergenciais onde não há participação de ampla concorrência. Neste caso por exemplo, o Distrito local fez uma primeira proposta de um contrato de R$ 35 milhões, nós não aceitamos e eles baixaram para R$ 21 milhões, uma diferença de R$ 14 milhões. “Para onde vai esse dinheiro?”, questionou a Secretária.

Outro Lado

Em um vídeo que circula pelas redes sociais, a líder do movimento que está ocupando a Sesai, Andréia de Fátima Fernandes fez ameaças a Secretária. “Em momento nenhum eu a sequestrei. Porque se fosse um sequestro a senhora não teria saído da sala e não teria ido no banheiro e fugido”, disse Andreia, casada com um dos líderes da ONG ARPINSUL, Romancil Cretã, que recebeu milhões de reais em recursos durante os governos Lula e Dilma. “Se a senhora não sai, nós vamos tirar, a força”, ameaçou Andréia.

Em outro vídeo, um homem que aparenta ser branco, mas usando cocar, adereço indígena, disse que estão lutando pelo contrato. “Estamos aqui, caciques, jovens lideranças e dizer que a nossa presidente do Litoral do Sul não estava sabendo deste movimento. Ela estava vindo para reunião do Fórum.”, disse. Ele disse isso porque Andreia veio até Brasília com recursos públicos, para reuniões do Conselho Distrital de Saúde Indígena. Mesmo se utilizando de recursos públicos, ela não ficou na reunião e participou da ocupação do prédio da Sesai em Brasília que continua ocupado pelos cerca de 50 indígenas, impedindo os servidores de trabalharem pelos outros 33 distritos da Sesai espalhados pelo Brasil.

 Percorrendo as redes sociais, não é raro encontrar vídeos em que a Secretária da Saúde Indígena, faz fiscalização in loco.

Em 60 dias no cargo, quatro operações da Polícia Federal, oito Casas de Saúdes Indígenas fiscalizadas in loco e quase todas apresentando algum tipo de problema grave de mau uso de dinheiro público.

Apenas em Tabatinga, no Amazonas não apresentou irregularidades. Em um desses vídeos, Silvia aparece consertando o telhado de um desses centros em Goiânia. O telhado estava infestado com fezes de pombo. Nenhum desses movimentos, em todos esses anos, passou perto de lá para fazer isso.

Especialistas ouvidos pela reportagem dizem que o Movimento Indígena não representa a base dos seus povos e serve apenas para arrecadar dinheiro público e de ongs internacionais para benefícios próprios. No governo Bolsonaro, as torneiras estão fechando, e por isso eles não estão satisfeitos com a Secretária Silvia Nobre Waiãpi, que disse que não vai entrar nesse jogo e vai levar as políticas públicas direto para as bases.