Bebê de quatro meses que morreu em Paranaguá não foi espancado

O bebê Vitor Hugo de quatro meses que morreu na tarde desta quinta-feira (8) no Hospital Regional do Litoral em Paranaguá não foi espancado como tem sido noticiado. O Agora Paraná apurou que não há sequer uma lesão no corpo da criança que indicaria agressão. A notícia causou grande comoção e polêmica pelas redes sociais.

A reportagem também teve acesso a informação de que a causa da morte do bebê foi uma hemorragia pulmonar bilateral resultado do avanço de um quadro infeccioso. Não havia nenhuma marca de lesão no corpo da criança, nenhum osso quebrado e a aparência do bebê era saudável.

Diante da polêmica causada pela possibilidade de espancamento e não existir sintomas nem marcas no bebê, a reportagem procurou a Dra. Maria Letícia Fagundes, experiente médica legista do IML de Curitiba que atualmente ocupa uma cadeira de vereadora. 

Hemorragia pulmonar bilateral

Em entrevista exclusiva ao Agora Paraná a médica legista não falou sobre o caso específico de Vitor Hugo, mas  informou que de um modo geral a hemorragia bilateral, ou seja, sangramento nos dois pulmões ocorre em caso de quadro infeccioso e mesmo que a criança tivesse sido sufocada o fato não ocasionaria o sangramento nos dois pulmões.

A delegada responsável pelo caso, Maria Nysa Moreira Nanni, responsável pelo caso vai se pronunciar sobre o caso apenas na próxima segunda-feira (13).

Mãe permanece presa

Elayne Alves foi presa na noite desta quinta-feira(9). A princípio o boletim de ocorrência seria feito por homício doloso, mas Polícia Cívil registrou caso como maus-tratos. 

A mãe, Elayne Alves, de 19 anos, foi presa em flagrante ainda na noite desta quinta-feira (9). A princípio o boletim de ocorrência seria feito por homicídio doloso, mas acabou sendo feito por maus-tratos. A avó disse ao repórter Adilson Martins da TVCI que não viu a filha agredir o bebê, mas quando chegou em casa viu seu neto respirando de forma ofegante e que sua filha Elayne admtiu que teria colocado a mão na boca da criança que estava chorando alto. Mesmo diante dessa informação, a causa da morte de Vitor Hugo não passa por espancamento nem por asfixia. O caso é polêmico e sofreu uma reviravolta. Já é o terceiro filho de Elayne que morre precocemente.