Soldado Gabriele emociona comunidade ao cuidar de criança desaparecida

Júlia, de nove anos, estava desaparecida desde às cinco horas da tarde desta sexta-feira (6). A sua mãe, Karyne Souza, havia comunicado o desaparecimento. A última vez que a menina tinha sido vista foi no intervalo do jogo do Brasil, segundo a mãe.

A reportagem do Agora Paraná foi até a UPS Uberaba, local em que a menina foi levada por um casal que a encontrou no bairro, machucada. Júlia  disse que saiu da escola antes do início do segundo tempo da partida entre Brasil e Bélgica pelas quartas de final da Copa do Mundo. Enquanto seus colegas assistiam o jogo ela teria saído sem ser percebida. O objetivo era sair antes que sua mãe chegasse. Júlia queria ir até a casa da avó, que fica próximo ao Autódromo Internacional que fica no município de Pinhais. Ela queria encontrar a avó, pois estava com medo de voltar para casa onde estaria sofrendo agressão física.Diferente do que tinha sido dito, Júlia não fugiu da escola, mas estava fugindo da mãe e do padrasto. 

Não fugiu da escola

A direção da escola disse que Júlia não saiu no intervalo e não foi embora sozinha. De acordo com a direção da Escola Municipal Michel Khury e a chefia do Núcleo de Educação da Regional Cajuru, a estudante saiu da unidade de ensino acompanhada do padrasto, por volta das 17 horas. A Rede Municipal de Ensino, que conta com 185 escolas municipais, preza pela integridade e pela segurança dos seus estudantes, que só podem deixar as unidades de ensino acompanhados dos pais ou responsáveis.

A escola Michel Khury tem 700 alunos distribuídos em 26 turmas e duas Classes Especiais, contando com os períodos: matutino, vespertino e noturno.

Na versão de Júlia e da família que a levou para UPS, ela se perdeu e foi parar na casa de um casal no Uberaba, que por coincidência eram pais de uma coleguinha. Ela contou o que estava acontecendo e que queria ir para casa da avó. O casal achou prudente levar Júila que estava com alguns hematomas no corpo, até a UPS Uberaba, lugar onde muitas vezes prevalece a Lei do Silêncio, que foi quebrado por uma garotinha corajosa de nove anos.

Chegando lá, a pequena e corajosa Júlia foi bem acolhida por toda equipe, principalmente pela soldado Gabriele. Ah, Júlia se sentiu segura e se jogou nos braços da policial militar que também abraçou a criança com uma alegria que emocionou a equipe desta reportagem e parte da comunidade que acompanhou o caso. O Conselho Tutelar também estava presente e Júlia optou por ir embora para casa da avó. 

Júlia foi encontrada!
Soldado Gabriele merece um voto de honra ao mérito pela atitude nobre, humana.

Conheça o perfil da soldado Gabriele. Uma heroína que orgulha toda a PMPR:

https://www.facebook.com/ana.gabriela.12532?fref=mentions