Melhorias elevam movimentação nos portos do Paraná

Entre janeiro e setembro deste ano, os Portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 43,8 milhões de toneladas de produtos. O volume já supera o volume registrado nos 12 meses de 2010 e 2011. Além disso, os números dos nove meses de 2020 também se aproximam dos anos completos de 2012 e 2015.

O crescimento na capacidade de movimentação está diretamente ligado aos investimentos em infraestrutura marítima e terrestre. Segundo o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a evolução é resultado, ainda, de esforços administrativos e da qualificação dos trabalhadores e técnicos.

“Os portos paranaenses evoluíram muito e os fechamentos mensais, os recordes de movimentação refletem estes resultados. Também ganhamos reconhecimento pela eficiência, alta nos índices de produtividade, segurança nas operações e melhores tempos operacionais”, destaca.

Segundo ele, entre os fatores que impactam direta e positivamente nos números está a transparência e confiança na relação com os operadores portuários. “Em especial nos últimos dois anos, esses esforços foram realizados de forma conjunta entre o poder público e a iniciativa privada. Paranaguá tem uma comunidade portuária muito ativa e que, mesmo na pandemia, encontra soluções para fazer os negócios crescerem”, ressalta Garcia.

EVOLUÇÃO

Em 2020, de janeiro a setembro, foram quase 44 milhões de toneladas de cargas importadas e exportadas via Paranaguá. Em 2010, a movimentação anual foi de cerca de 38,2 milhões de toneladas; em 2011, 41 milhões; em 2012, 44,5 milhões; e, em 2015, 44,2 milhões de toneladas.

De 2010 para 2020, até setembro, a movimentação cresceu 14,6%. Se considerarmos apenas as exportações, a variação positiva é ainda maior: 15,6%.

No início da década anterior, as exportações somaram 24,3 milhões de toneladas. Agora, faltando três meses para o fim do ano, são 28,2 milhões de toneladas.

Neste ritmo, a previsão é que os números sejam ainda melhores que a comparação entre 2010 e 2019 – quando as exportações foram 37% maiores que há dez anos. A expectativa para este ano, é chegar às 55 milhões de toneladas. No ano passado, foram 53,2 milhões.

RECORDES 

Nos últimos nove meses, os portos do Paraná já quebraram dez marcas históricas. São recordes na quantidade de granéis sólidos movimentados pelo Corredor de Exportação; quantidade de movimentação de contêineres; quantidade de toneladas movimentadas por metro linear de cais; número de caminhões recebidos pelo Pátio de Triagem; maior movimentação mensal na história (em abril, maio e junho); maior quantidade movimentada por hora; melhor desempenho dos silos públicos; e maior navio graneleiro recebido – em junho, o Pacific South carregou 103 mil toneladas e, em julho, o E.R Bayonne levou 104,2 milhões de toneladas.

MELHORIAS

As marcas são resultado de obras, investimentos e ajustes operacionais. Em setembro, por exemplo, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior inaugurou a ampliação do cais e a modernização do berço 201, com investimentos de R$ 177,7 milhões.

No ano passado, foram entregues a recuperação da Avenida Bento Rocha (R$ 15,9 milhões) e o novo viaduto na BR-277 (R$ 12,7 milhões).

A dragagem continuada está em andamento. As obras começaram em março e respeitam o calendário ambiental. Já foram retirados aproximadamente 5,4 milhões de metros cúbicos de sedimentos do fundo do mar.

Neste momento, estão sendo dragadas as áreas Delta, Charlie 1, Charlie 2 e Charlie 3 (externa). As próximas etapas serão as áreas Alfa, Bravo e Surdinho.

PRÓXIMAS 

A contratação da derrocagem já foi autorizada e deve iniciar nos próximos meses. A obra vai permitir a retirada do complexo de pedras conhecido como Palangana, que são obstáculos para a navegação na entrada do Porto de Paranaguá.

A Portos do Paraná também investe na modernização do Corredor de Exportação, na construção de uma moega exclusiva para descarga ferroviária, novas correias exportadoras e recuperação do píer de inflamáveis.