Polícia Civil avança em inteligência e tecnologia para solução de crimes

O Governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (30) da comemoração pelo aniversário de 166 anos da Polícia Civil do Paraná e reforçou que o objetivo é fazer da corporação referência no Brasil. As ações e os investimentos são voltados à eficiência na solução de crimes, melhora do serviço de inteligência, digitalização dos inquéritos policiais e integração do sistema criminal, premissas que influenciaram consideravelmente na redução da criminalidade no Estado.

“A Polícia Civil tem um papel estratégico na segurança pública e proteção dos paranaenses. Estamos investindo em fortalecimento da corporação para fazer da nossa Polícia Civil a melhor deste país”, afirmou o governador. “Proteção se dá com presença física, estratégia e tecnologia. Estamos avançando, buscando modernizar nossas polícias para termos os melhores índices de segurança do Brasil. Estamos na elite da Polícia Civil do País, sendo cada vez mais respeitados”, completou.

Ratinho Junior ressaltou a autorização para a elaboração dos concursos públicos que vão possibilitar a contratação de 400 policiais civis, sendo 50 delegados, 300 investigadores e 50 papiloscopistas. Está em andamento, ainda, o concurso de 2018 para preenchimento de 100 vagas para escrivães. O processo está na última etapa, a de análise de documentos e investigação de conduta. Finalizada a etapa, o concurso será homologado.

ÍNDICES

Os investimentos e ações, disse o governador, fizeram com que os índices de criminalidade caíssem substancialmente no Estado em 2019. Nos primeiros sete meses deste ano, a Polícia Civil elucidou 57% dos homicídios em Curitiba. Em todo o ano passado, o índice de solução de crimes foi de 37%.

A melhora para identificar os autores de assassinatos se deve, principalmente, ao emprego do serviço de inteligência para levantamento de dados relacionados a organizações criminosas. “Percebemos claramente que é outra Polícia Civil. Os policiais recuperaram a autoestima, ganharam tempo para investigar e resolver os casos, protegendo os paranaenses”, disse Rômulo Marinho, secretário da Segurança Pública.

Outro ponto é que no primeiro semestre de 2019, a Polícia Civil promoveu 183% mais operações de repressão qualificada do que no mesmo período anterior. O crescimento no número de prisões nessas ações foi ainda mais expressivo: 216% a mais de janeiro a junho desse ano.

Enquanto de janeiro a junho deste ano também foram deflagradas 133 ações do gênero em todo Paraná, em 2018 foram 47. O número de prisões subiu de 325 no ano passado para 1.028 neste ano. Os resultados são decorrentes do planejamento estratégico executado pela atual gestão da cúpula da segurança pública.

TECNOLOGIA

Além da eficiência no serviço prestado à população, a Polícia Civil teve diversos avanços tecnológicos: digitalização de 100% dos inquéritos novos registrados a partir de agosto desse ano; o início a uma nova plataforma para a captura de provas digitais, que auxiliará na elucidação de crimes cibernéticos; integração a bancos de dados interestaduais e nacional; e ampliação das centrais de flagrante no Estado, com o uso de videoconferência. “Estamos atrás dos softwares para ajudar ainda mais nosso serviço de inteligência, para que eles possam focar naqueles locais com mais necessidade”, afirmou o secretário da Segurança Pública.

INTEGRAÇÃO 

O programa inquérito digital, desenvolvido pela Celepar, modernizou a tramitação das informações entre as Polícias Civil, Militar e o poder judiciário. Com a integração do sistema criminal, todos os procedimentos ficam disponíveis online.

Em uma parceria inédita firmada em agosto com uma startup de Maringá, a instituição passou a utilizar uma plataforma de captura de provas digitais. A ferramenta em teste promete facilitar a coleta de informações na internet e dar mais confiança e veracidade ao material registrado. Isso melhorará a qualidade das provas, resultando em condenações mais robustas aos criminosos.

Em relação à integração, ganhou destaque recentemente o uso integrado dos bancos de dados dos estados de São Paulo, Brasília e do Banco Nacional de Perfis Genéticos, que foram responsáveis por esclarecer o crime da menina Rachel Genofre, assassinada há 10 anos na Capital.

“Tem sido um ano muito positivo para a nossa segurança, com a resolução de casos e diminuição dos índices de criminalidade. Isso é reflexo de um trabalho integrado que foi implantado por este Governo”, afirmou Silvio Rockembach, delegado-geral da Polícia Civil do Paraná.

COMPARTILHAMENTO

A prática de compartilhamento de dados entre forças de segurança também está sendo utilizada em outras frentes de trabalho, como nas perícias de impressões digitais. Em agosto, a Polícia Civil do Paraná firmou convênio com a Polícia Civil de São Paulo para ter acesso ao sistema de Legitimação à Distância (Lead), que compartilha dados de São Paulo, Goiás, Rondônia, Sergipe e Paraná. A perícia é fundamental para identificar suspeitos e vítimas de crimes, além de pessoas desaparecidas.

A tecnologia também tem sido utilizada na estruturação dos serviços da corporação. O projeto-piloto da Central de Flagrantes da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi viabilizado graças ao uso de videoconferência. O atendimento remoto iniciou em agosto e permite otimizar recursos humanos nas unidades para atender todas as situações de prisões em flagrante durante os plantões de 11 delegacias da RMC. Na prática, o procedimento legal é feito por apenas um delegado e um escrivão a partir de Curitiba, por meio de videoconferência.

A central de flagrantes por videoconferência funciona ainda em 98 municípios do Interior do Estado. Com o projeto, que vem sendo ampliado, o atendimento diário às situações de prisões em flagrante das delegacias locais passam a ser feitas através de videoconferência por uma equipe plantonista lotada na sede de cada divisão.

PRESENÇAS

Participaram da solenidade o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva; o deputado estadual Delegado Recalcatti; o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Paraná, Riad Braga Farhat; Márcia Tavares, chefe de gabinete da secretaria de Estado da Segurança Pública; o superintendente da Polícia Rodoviária no Paraná, Ismael de Oliveira; o secretário municipal da Defesa Social e Trânsito de Curitiba, Guilherme Rangel; o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Paraná (Adepol-PR), Daniel Fagundes; Luciano Flores Lima, superintende da Polícia Federal no Paraná; além de lideranças das forças policiais do Estado.


Policial de 96 anos recebe homenagem especial

A comemoração dos 166 anos da Polícia Civil do Paraná foi marcada por diversas homenagens. Uma em especial chamou a atenção. O investigador veterano Deonysio Lins, de 96 anos, foi homenageado pela história de dedicação à instituição. Lins trabalhou por 33 anos no órgão. Ele ingressou no dia 28 de abril de 1955 como motorista e se aposentou em 25 de maio de 1988 como agente de segurança. Atualmente, o policial veterano mora em Curitiba com a mulher.

“Estou muito satisfeito, com vontade de chorar. A Polícia Civil sempre foi e será minha segunda casa”, disse ele.

A Polícia Civil irá homenageou ainda outros 376 servidores de carreira pelo tempo de dedicação prestado à instituição. Desses, 184 são lotados na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e 192 no interior. Como forma de homenagem foram concedidas medalhas de ouro, prata e bronze, que representam, respectivamente, 30 anos de carreira, 20 anos e 10. Na lista estão investigadores, papiloscopistas, escrivães, delegados e agentes.


Mais 27 delegacias vão passar para a administração do Depen

O secretário de Estado da Segurança Pública, Rômulo Marinho, confirmou nesta segunda-feira (30) que a secretaria deu autorização para a transferência de mais 27 delegacias para a administração do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR). No total, 3 mil presos serão abrangidos pela medida.

De acordo com o secretário, com a ação o Paraná fechará ano com 3 mil presos em delegacias do Estado, desafogando o trabalho da Polícia Civil. “Serão mais 27 delegacias que passam para a administração do Depen. Com isso, os policiais civis ficam mais soltos para fazer as investigações e dar uma pronta resposta para a sociedade”, destacou Marinho. Com a medida, o Depen tem a gestão plena das unidades.