Residentes do Hospital do Trabalhador e de universidade do Chile fazem intercâmbio

Uma parceria firmada entre o Hospital do Trabalhador (HT) e a Pontifícia Universidade Católica de Chile (UC) permite o intercâmbio entre residentes das duas instituições para estágio em cirurgia geral. Em 2016, o hospital já recebeu três estudantes chilenos. No próximo ano deve receber mais três e, inicialmente, enviar dois residentes brasileiros ao Chile.

No início de dezembro, a diretoria do HT visitou o Hospital Clínico e o Hospital Dr. Sótero del Rio, em Santiago, para planejar o intercâmbio dos residentes no país e formalizar o Termo de Cooperação. “A Universidade Católica de Chile é uma das universidades mais prestigiadas da América Latina. Firmar uma parceria como esta é enriquecedor para os alunos e, consequentemente, traz ganhos acadêmicos ao hospital”, garante o diretor do HT, Geci Labres de Souza Jr.

Ele explica que os intercambistas ficam, em média, dois meses morando no hospital. “Eles permanecem o tempo todo residindo aqui. Estão disponíveis durante as 24 horas do dia para participar de qualquer procedimento de emergência, como vítimas de acidentes de moto ou ferimentos por armas”, diz.

EXPERIÊNCIA – Matias Orellana é o terceiro residente do Chile recebido pelo HT. Ele chegou na primeira semana de dezembro e vai ficar até fevereiro. “Em meu país este tipo de situação é pouco comum. Em duas semanas aqui, vi o que não veria em um ano no Chile”, conta.

O intercambista comenta que ficou impressionado com a velocidade que são realizados os atendimentos de emergência. “O paciente de trauma chega, já passa pela radiografia, tomografia e centro cirúrgico, tudo muito rápido. Vou aprender aqui e assim ficará mais fácil atender outras situações no futuro em meu país”, diz Orellana.

TECNOLOGIA – Os residentes brasileiros que serão selecionados para ir ao Chile vão atuar no Centro de Cirugía Experimental y Simulación Quirúrgica da Universidade. O programa utiliza manequins de simulação para o treinamento de procedimentos de alta complexidade, como suturas em vasos, pulmonares, cardíacas e de pele.

“Alguns tipos de cirurgias são tão complexas que exigem anos de treinamento. Com essa tecnologia é possível encurtar o tempo de aprendizagem e alcançar novas habilidades em muito menos tempo, o que garante um atendimento mais qualificado ao paciente”, explica Geci.

TRABALHADOR – O Hospital do Trabalhador é hoje referência no atendimento de urgência e emergência e se consolidou como o principal pronto-socorro público do Paraná. Atualmente, o hospital mantém 222 leitos gerais – 40 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dão retaguarda para a demanda de casos graves de Curitiba e Região Metropolitana.

“O Governo está investindo em uma série de obras de reforma e ampliação do HT. O objetivo é qualificar a estrutura para que, até 2020, o hospital se torne um dos maiores centros de trauma do País, com 302 leitos, sendo 70 de UTI”, comenta o diretor.