Serviços contrariam tendência nacional e crescem no Paraná
O setor paranaense de serviços cresceu 2,7% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, contrariando a tendência de queda verificada no Brasil, informa pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos mais importantes da economia, o setor ainda patina no País, com queda de 2,2% na mesma base de comparação. O Paraná teve o segundo melhor desempenho do País, atrás apenas de Roraima(3,3%).
No acumulado do primeiro bimestre, o setor registrou alta de 0,9% no Paraná e o Brasil queda de 1,8%. Em fevereiro na comparação com janeiro, com ajuste sazonal, o Estado teve alta de 2% e o Brasil ficou praticamente estável (0,1%).
“A recuperação do setor no Paraná tem tido, ao contrário do Brasil, uma trajetória mais consistente”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). “No ano passado, pela mesma pesquisa, o Paraná já havia registrado o segundo melhor desempenho do setor, com alta acumulada de janeiro a dezembro de 5%, atrás apenas do Mato Grosso”, lembra Suzuki Junior. O Brasil fechou 2017 com queda de 2,8% nos serviços.
DESTAQUES – O aumento da geração de novas vagas no mercado de trabalho e a retomada gradativa do consumo vêm sustentando a retomada, de acordo com Suzuki Júnior. O principal destaque do setor são os transportes, que mesmo com a safra menor, continua a crescer no Estado. “Sinal de que outros segmentos também estão com grande movimentação de mercadorias”, diz Suzuki Júnior.
Em fevereiro, o setor de transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio registrou alta de 13,4% em relação a fevereiro de 2017. No primeiro bimestre a alta foi de 10,1%.
Outro desempenho positivo veio dos serviços prestados às famílias, com 2,2% na comparação entre os meses de fevereiro e de 5,9% no acumulado do ano.
Na comparação com igual mês do ano passado, tiveram queda serviços de informação e comunicação (-9,1%) e profissionais administrativos e complementares (-2,2%). Na comparação entre os bimestres, esses segmentos registraram perdas de 9,4% e 4,6% respectivamente.