Alunos com restrições alimentares têm cuidados especiais nas unidades de ensino de Pinhais

Há anos a alimentação escolar ofertada em Pinhais é referência para outros municípios. Além de oferecer uma alimentação variada e de qualidade com verduras, frutas, arroz, feijão, entre outros itens, há também a preocupação em atender aqueles alunos que convivem com algum tipo de problema ligado a alimentação. É comum casos de crianças que têm alguma doença crônica, como diabetes, hipertensão, doença celíaca, fenilcetonúria e intolerância à lactose.

Segundo a nutricionista Adriana Shlafner, da equipe de Gerência de Alimentação e Nutrição Escolar, da Secretaria Municipal da Educação, o município trabalha obedecendo a legislação nacional que trata do programa de alimentação escolar. Ela relata que a questão é tratada com atenção, por isso no início do ano letivo as unidades fazem um levantamento dos alunos que tem restrição alimentar. "O levantamento é feito e encaminhado pela unidade para a secretaria. Além da informação, é necessário encaminhar o laudo médico e os dados do aluno, como: nome completo, data de nascimento e turma que está estudando" explica.

Atualmente, Pinhais têm 43 unidades de ensino e há aproximadamente 110 alunos que apresentam restrição alimentar. A nutricionista Adriana Rosa Belloy diz que há casos na maioria das unidades e relata aqueles que são mais comuns "A maior parte dos casos de transtornos alimentares que temos é, em primeiro lugar, intolerância a lactose, seguido de alergia a proteína do leite, diabetes, doenças celíaca, além de outras situações específicas" detalhou.

O cardápio da merenda escolar é elaborado e definido especificamente de acordo com o tipo de unidade de ensino do município: CMEI, escola regular e escola de tempo integral. Para atender as crianças que tem transtornos alimentares, é realizada a substituição de ingredientes. Por exemplo, no café com leite, para atender uma criança que tem intolerância a lactose, é substituído o leite comum, pelo leite zero lactose ou pelo leite de soja. Por isto a refeição ou lanche é diferenciado, sendo preparado sob medida para atender cada caso.

A nutricionista Adriana Shlafner ressalta que tudo é realizado para atender a legislação, mas além de proporcionar uma alimentação de qualidade e contribuir para a aprendizagem, o foco é o bem estar e a saúde das crianças. "Estas doenças têm diferentes sintomas. Um bem comum, que acontece, por exemplo, é a diarreia. No caso de uma fenilcetonúria, a criança não pode ingerir nada de proteína, que está na carne, leite. Digamos que ela ingira um alimento que tenha caldo de carne, vai alterar a parte de exames dela e poderá ter futuros problemas. Procuramos evitar que estes tipos de problemas aconteçam. O objetivo é não ter estes sintomas, pensando no bem estar do aluno e na sua saúde" afirmou.

Os cuidados com as crianças que têm restrições alimentares estão presentes no dia a dia das unidades de ensino do município. No mês de março, a Escola Cândido Portinari, do bairro Jardim Claudia, comemorou aniversário de oito anos. A festa teve dois bolos feitos especialmente para a ocasião. Um destinado para crianças que possuem intolerância a glúten, e outro, a lactose. Um cuidado que é constante, demonstrando que além de merenda de qualidade, Pinhais se preocupa com aqueles que precisam de cuidados especiais.