Tecnobank, laranja da B3 distribuiu dossiês falsos contra concorrentes, diz coluna de Claudio Humberto

A coluna do jornalista Claudio Humberto desta sexta-feira revela que a empresa Tecnobank, empresa Laranja da B3, quinta maior bolsa de valores do mundo, distribuiu dossiês falsos sobre concorrentes.  O objetivo desses documentos forjados é de confundir a atuação das autoridades em todo o Brasil que investigam uma fraude milionária envolvendo as empresas e também de confundir a imprensa não especializada.

Fontes ligadas aos governos de São Paulo e Minas Gerais, dão conta de que esses dossiês estariam sendo distribuídos pelo jornalista Mário Rosa, que enfrentou problemas na justiça em Minas Gerais no âmbito da Operação Acrônimo.

A Tecnobank já teve suas operações suspensas em alguns estados do Brasil porque a empresa opera de forma irregular, contrariando a Resolução 689/2017 do Contran. Está resolução, motivada por um relatório da CGU que identificou uma operação de monopólio no registro de financiamento de veículos no Brasil pela B3, impede que a B3 atue no mercado de registros. Acontece que o monopólio continuou porque a B3 continua atuando, ferindo a resolução, através de empresas laranjas, em um esquema de hub, sendo a maior delas a Tecnobank, investigada pelo Ministério Público de Contas em São Paulo por uma fraude que ultrapassa R$ 500 milhões por ano.

A fraude acontece porque a B3 detém também o monopólio do gravame. Quando um carro vai ser financiado e os bancos informam a intenção através do gravame, a B3, tendo a informação privilegiada, mesmo sendo remunerada também para isso, bloqueia o sistema já com o nome da Tecnobank como registradora, impedindo a livre concorrência e travando o sistema dos bancos quando eles querem escolher uma outra empresa para prestar esse serviço.

Essa fraude vem sendo investigada em diversos Tribunais de contas e Ministérios Públicos pelo país inteiro. O esquema começou em 2001, explodiu em 2006 durante o governo Lula e conseguiu guarida no governo Temer em 2017, quando mudou-se o modus operandi e a B3 foi impedida de atuar, continuando a fraude através das empresas laranja.