Prefeitura e SPVS se unem pela biodiversidade da Grande Curitiba

Representantes da Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado, universidades e de organizações não governamentais deram início, na última quinta-feira (24/8), às discussões para elaboração de um documento com orientações para a conservação da biodiversidade de Curitiba e Região Metropolitana.

A reunião técnica aconteceu na Unilivre, junto ao Bosque Zanineli, e foi organizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). A entidade tem parceria com a Prefeitura desde 2008.

O documento construído durante a reunião ainda será revisado e validado pelas instituições convidadas. Após a validação, será finalizado e a previsão é de que seja apresentado aos prefeitos dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Curitiba em outubro.

O objetivo é trocar experiências e construir uma agenda comum que permita aumentar os mecanismos de preservação da vegetação e da fauna presentes na região. A secretária do Meio Ambiente, Marilza Dias, destaca que é preciso ampliar esta discussão e o melhor momento para fazer isso é quando ainda se está no início das gestões municipais. “Essa é a hora exata de se construir mecanismos de preservação da biodiversidade e também de compartilhar experiências”, avalia.

Marilza acrescenta que normas como a Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo estão sendo revistas e é uma solicitação do prefeito Rafael Greca que os instrumentos legais sejam atualizados para buscar a maior conservação. “Essa preocupação se estende para a Região Metropolitana, que tem um fórum como o Pró-Metrópole, que facilita essa discussão”, completa a secretária.

Desafios

Para o diretor executivo da SPVS, Clóvis Borges, é preciso transpor um dos principais desafios, que é “a criação de uma agenda comum voltada à conservação”. Com a programação sugerida, a intenção é buscar o alinhamento estratégico entre todas as partes envolvidas – entidades e técnicos ligados ao Meio Ambiente e os agentes públicos.

“O esforço de estruturação dessa orientação representa uma referência para ações que, em última instância, poderão garantir uma maior resiliência da região a fenômenos climáticos extremos, como a falta de água por exemplo”, explica Borges.

A partir disso, diz o diretor da SPVS, devem-se criar mecanismos financeiros que possam aportar recursos adequados ao cumprimento desta agenda. “Dentre eles, [existe] a proposta do Fundo Metropolitano de Conservação da Biodiversidade e a possibilidade de participação da iniciativa privada, como parte integrante e fundamental nesses investimentos”, conta.

A reunião contou com a presença de técnicos do Ippuc, do Departamento de Operação e Políticas Institucionais de Assuntos Metropolitanos, da Secretaria Municipal do Urbanismo, Comec, Assomec, do Instituto Ambiental do Paraná, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Sanepar, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e do Ministério Público. Além da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Curitiba, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Universidade Positivo (UP).  

As instituições Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Mater Natura, Sociedade Chauá, The Nature Conservancy (TNC), Associação dos Protetores de Áreas Verdes de Curitiba e RM (Apave), Sociedade Global e Hospital Pequeno Príncipe também participaram.