Porto de Paranaguá atinge marca de 99,29% em avaliação ambiental
O Porto de Paranaguá é o porto público brasileiro, de grande porte, mais bem colocado no Índice de Desenvolvimento Ambiental promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Essa é a terceira vez consecutiva que o porto paranaense, referência na movimentação de granéis sólidos, fica na liderança do ranking.
O anúncio foi feito pela Antaq nesta quinta-feira (13), em transmissão online. Paranaguá atingiu pontuação 99,29. Para o presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a nota reflete a eficiência do trabalho feito em prol do meio ambiente e da comunidade.
“O Paraná tem realizado um trabalho que é referência dentro e fora do país. As nossas ações ambientais foram destaque inclusive na última COP 25, conferência do clima da ONU, que aconteceu no ano passado, em Madri”, comemora Garcia.
Hoje, a Portos do Paraná mantém mais de 20 programas ambientais ativos. São realizados monitoramentos frequentes da qualidade da água em 32 pontos da baía de Paranaguá e Antonina, monitoramento e limpeza de manguezais, fauna, biota aquática, além de educação ambiental; controle de ruídos, monitoramento de qualidade do ar.
RECONHECIMENTO
Segundo Adalberto Tortarski, diretor da Antaq, o Índice se consolidou como a principal ferramenta para avaliação da gestão ambiental de instalações portuárias no Brasil. “O ranking é um instrumento inteligente, não veio para penalizar, mas para divulgar quem está trabalhando de forma competente a ação ambiental dentro do seu porto”, afirma.
O IDA, como é conhecido, é aplicado desde 2012 e é a principal ferramenta para avaliação da gestão ambiental de instalações portuárias. Essa foi a décima primeira edição da avaliação para portos públicos e a terceira para terminais de uso privado.
A diretora interina da Antaq, Gabriela Costa, conta que o índice auxilia na orientação de políticas setoriais. “É uma ferramenta bem estabelecida e conta com muito respeito do setor portuário. Ela permite identificar medidas de gestão bem- sucedidas que podem ser compartilhadas”, destaca.
EVOLUÇÃO
O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, lembra que os portos paranaenses deram um salto expressivo nos últimos anos e reforça a importância de ações e programas voltados para o desenvolvimento sustentável.
“O Porto de Paranaguá passou por uma grande transformação e é prova que é possível crescer em movimentação, sem deixar os cuidados com a natureza e o desenvolvimento sustentável”, ressalta.
Segundo ele, além de contar com profissionais qualificados, dedicados exclusivamente para a manutenção dos projetos na área, a aposta paranaense é na evolução contínua. “Estamos discutindo, dentro da diretoria, o consumo consciente de energia. A intenção é implantar uma grande usina de biodigestão de materiais orgânicos. Todos os grãos e farelos que caem no chão durante a operação e são objeto da varrição, atualmente destinados para aterros sanitários. Queremos que este material se transforme em energia elétrica”, explica Santana.
“A planta que pretendemos que seja instalada é para biodigestão desse material orgânico e produção automática, no mesmo local, de produção de energia elétrica. Nosso objetivo é produzir nossa própria energia.”
Evento contou com participação de autoridades do setor portuário
O evento online desta quinta-feira (13) também contou com participação de Francisval Mendes, diretor-geral substituto da Antaq, e do subsecretário de sustentabilidade do Ministério da Infraestrutura, Mateus do Amaral, que discorreu sobre Os Índices de Desempenho Ambiental desenvolvidos pelos modais de transporte.
O superintendente de desempenho, desenvolvimento e sustentabilidade da Antaq, José Renato Fialho, apresentou os principais pontos do projeto Impactos e Risco da Variabilidade Climática no Setor Portuário Brasileiro, que é desenvolvido em decorrência do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Agência Nacional de Transportes Aquaviários –e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.