Portos do Paraná registram recorde na movimentação mensal
A maior movimentação mensal da história dos Portos do Paraná foi alcançada no último mês de abril. Dados consolidados esta semana mostram que em 30 dias foram mais de 5,5 milhões de toneladas de cargas – volume 30,9% maior que o registrado no mesmo mês, em 2019.
No acumulado de janeiro até abril já são mais de 18 milhões de toneladas, 15% a mais que no período do ano passado, com 15,7 milhões. “Foi a melhor movimentação mensal já alcançada pelos terminais paranaenses. O aumento foi em todos os segmentos de carga, com mais um recorde no Corredor de Exportação, no Pátio de Triagem e também nos silos públicos”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Os volumes surpreendem e temos que lembrar que toda essa performance está sendo alcançada em um momento bem adverso que é o de enfrentamento a uma pandemia”, enfatiza.
Garcia lembra que, diante das adversidades, foram necessários muitos ajustes e colaboração de toda a comunidade portuária. “Fizemos ajustes operacionais de toda ordem para que nas mesmas 24 horas haja um rendimento maior desde a recepção da carga, manejo nos terminais e embarques nos navios. Além disso, montamos toda uma estrutura preparada em atenção e cuidado com a saúde dos nossos trabalhadores, que não pararam”, completa o diretor-presidente.
Desde o último dia 25 de março, já são mais de 40 dias com reforço na desinfecção das estruturas, oferta de equipamentos para higienização dos trabalhadores, aferição de temperatura, no acesso ao cais e no Pátio de Triagem dos caminhões e encaminhamento médico, quando necessário.
NÚMEROS – Considerando os segmentos, os maiores volume e percentual foram registrados na movimentação dos granéis sólidos. No geral, este segmento representa um volume de 3,84 milhões de toneladas no mês, mais de 44% a mais que o movimentado em abril de 2019 (2,66 milhões de toneladas).
No acumulado dos quatro meses do ano, 11,8 milhões de toneladas de granéis sólidos foram movimentados, 17% a mais que o registrado no ano passado, com 10 milhões de toneladas.
SOJA – No segmento granéis sólidos, o destaque é para o volume de soja: 2,24 milhões de toneladas no mês – 103% a mais que em abril de 2019. Nos primeiros quatro meses foram 5,8 milhões, 46% a mais que o exportado no mesmo período do ano passado.
“Foi o maior movimento de embarque do Corredor de Exportação. Em abril foi novamente batido o recorde mensal, resultado de uma grande safra e do fato de estarmos há dois meses sem chuva significativa, com um fluxo de embarque intenso. Estamos, certamente, ainda mais produtivos”, afirma o chefe da Divisão de Silos, Gilmar Francener.
Como ainda destaca Francener, em abril, o Silo Público Vertical, conhecido por “Silão”, foi o maior embarcador de carga entre todos os terminais do complexo, com 446.939 toneladas movimentadas. “Superando terminais com o dobro da sua capacidade”, diz ele.
FERROVIA – Ainda foi destaque a recepção dos granéis de exportação em vagões. Em abril, foram 10.194 vagões descarregados, quase 20% a mais que em abril no ano passado (8.505).
Na importação do segmento (granel sólido), destaque para a movimentação dos fertilizantes. No mês, 743.372 toneladas (71,6% a mais que o registrado em abril de 2019, 432.987 toneladas. No ano, já são 2,87 milhões de toneladas importadas, 15% a mais que em 2019 (2,5 milhões).
CARGA GERAL – Em volume, o segundo segmento que mais movimenta nos portos paranaenses é o de Carga Geral. Mais 1 milhão de toneladas foram registradas em abril, um aumento de 8% em relação as 922.689 do mesmo mês, em 2019.
No quadrimestre foram quase 3,8 milhões de toneladas de cargas, 9% a mais em relação às 3,4 milhões de toneladas do ano passado, no mesmo período.
LÍQUIDOS – De granéis líquidos que entraram e saíram pelo Porto de Paranaguá, em abril, 681.624 toneladas, um aumento de 7% em relação ao movimentado em 2019. Já no acumulado dos quatros meses, este ano, 2,4 milhões de toneladas, 10% a mais que as 2,2 milhões de toneladas do ano passado. Os principais produtos movimentados foram derivados de petróleo na importação e óleo de soja, exportação.