CRAM de Araucária acompanha a 106 mulheres vítimas de violência

Seja violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral, nenhuma mulher precisa suportar calada esse tipo de situação. Mas antes de decidir se vão denunciar ou não o agressor, há mulheres que preferem ter uma orientação que as ajude a tomar a melhor decisão para a vida delas. É para dar esse tipo de suporte que existe em Araucária o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em situação de Violência (CRAM). Mantido pela Prefeitura, o CRAM conta com orientação de assistente social, psicóloga e educador social para mulheres de 18 a 59 anos. No momento, o CRAM de Araucária acompanha a 106 casos de mulheres vítimas de algum tipo de violência.

O CRAM de Araucária funciona na estrutura do Centro Dia Idoso (Rua Nossa Senhora dos Remédios, nº 1073, Fazenda Velha). De acordo com a equipe do CRAM, a maioria dos casos atendidos é de violência psicológica. Esse tipo de situação envolve ameaças, chantagem, cárcere privado, ciúme excessivo, perseguição e outras atitudes que causam dano emocional à vítima. É sempre importante esclarecer que o conflito de um casal é normal. O alerta é quando uma situação torna-se frequente e a mulher passa a se sentir diminuída, ela passa a desacreditar da sua própria capacidade, fica insegura, pode entrar em depressão e perder a autonomia sobre sua própria vida, entre outros exemplos.

A mulher que busca orientação no CRAM pode ser encaminhada, dentro da necessidade constatada e de sua vontade, para o atendimento de outros profissionais dentro de uma rede articulada que o município possui. Todo o acompanhamento da mulher realizado pelo CRAM é feito mediante a sua vontade. O atendimento no CRAM ocorre independente se a mulher registrou ou não boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. O ideal é que o atendimento seja agendado pelo telefone (41) 3901-5162 ou cram@araucaria.pr.gov.br . Casos como assédio na rua, no trabalho ou importunação sexual também são atendidos pela equipe.

O trabalho do CRAM ocorre em rede com outras instituições (Fórum, Delegacia da Mulher, secretarias municipais, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher). Mensalmente, a Rede de Proteção se reúne para discutir sobre este trabalho articulado de apoio às mulheres vítimas de violência.