Maiores rebocadores do Brasil começam a operar no Porto de Paranaguá

Os maiores e mais potentes rebocadores da costa brasileira começaram a operar no Porto de Paranaguá nesta semana. As duas embarcações, de 32 metros de comprimento e 12 metros de largura e tração estática de 77 toneladas, são capazes de manobrar navios maiores com mais rapidez e eficiência. 

Os dois rebocadores são frutos de um investimento de US$ 20 milhões de dólares da empresa dinamarquesa Svitzer, que chega a Paranaguá para suprir a demanda de navios cada vez maiores que estão previstos na programação do porto. 

“O Porto de Paranaguá está com canais e berços dragados e preparados para receber embarcações cada vez mais imponentes e carregadas de mercadorias. Toda a estrutura de apoio, de prestadores de serviço à operação portuária, também deve acompanhar esta evolução”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.

DRAGAGEM – Desde 2011, os Portos do Paraná receberam cinco campanhas de dragagem de manutenção dos seus canais e berços. A última delas, encerrada em dezembro de 2016, foi fruto de um investimento de R$ 156,9 milhões. 

Além disso, a Appa também realizou a reforma do cais e dos berços de atracação, no valor de R$ 93 milhões, que permite que todos os berços tenham a mesma profundidade mínima de 13,8 metros. 

Para este ano, já foi recebida a licença de instalação da primeira dragagem de aprofundamento em 20 anos dos Portos do Paraná. Com a obra, o cais do porto chegará a ter 16 metros de profundidade. A dragagem ocorrerá em três áreas que permitem o acesso de navios numa extensão de, aproximadamente, 45 quilômetros.

“Desta forma, o Porto de Paranaguá está preparado para receber os maiores navios que atracam no Brasil, além de poder carregá-los com carga máxima sem riscos, diminuindo os custos do frete para os usuários do porto”, completou Dividino. 

MODERNOS – Segundo o gerente de operação da Svitzer, Wallace Ribeiro Vieira, algumas manobras com navios de maior porte poderão ser realizadas com apenas dois rebocadores grandes ao invés de três embarcações de médio porte. “Isso torna a manobra mais ágil e segura”, afirma Vieira.

Os rebocadores também são equipados pelo sistema Fire Fighting 1, o mais moderno no combate a incêndios. Cada embarcação conta com dois canhões de água, que podem auxiliar em emergências em terra, em navios e até offshore. Eles também contam com dois tanques cada, um com água e outro com espuma, cada qual para um tipo de ocorrência.